FINANÇAS

Saiba como reduzir a taxa de condomínio

Entenda como é calculado o valor mensal, que pode ser menor se o síndico e os moradores colaborarem com cortes de gastos

Do JC Online
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Publicado em 02/01/2014 às 13:03
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Independentemente de novo ou usado, o apartamento traz consigo uma incômoda companheira para o resto da vida: a taxa de condomínio. Calculado com base no que está disposto no Código Civil, o valor mensal tem como principal integrante a despesa com funcionários. Para pesar menos no bolso, síndicos e moradores precisam se esforçar, como orienta o advogado Inaldo Dantas.

A fórmula para se chegar ao valor do condomínio tem dois elementos importantes: a despesa total mensal e a fração ideal. Essa segunda variável é calculada a partir da área privada que cada apartamento ocupa, junto com o que cabe a cada imóvel nas áreas comuns. O resultado é a participação de cada proprietário no espaço total do prédio. A partir desse percentual, geralmente abaixo de 1%, é possível chegar à taxa, multiplicando-se a fração ideal pelo valor total dos gastos mensais.

No entanto, a fração ideal não é obrigatória para chegar à cifra, como explica Inaldo Dantas. Ele esclarece que esse percentual é uma opção que o Código Civil dá – embora, por lei, ela tenha que constar na escritura do apartamento e na convenção condominal. “Se a convenção do condomínio determinar que a cobrança seja feita de outra forma, prevalece a convenção”. O advogado lembra ainda que o valor não pode ser imposto pelo síndico, mas sim definido em assembleia.

Para ele, o mais importante é lembrar que a taxa reflete as despesas que o condomínio tem. “Quando há economia, a taxa pode diminuir”, pontua. Presidente de uma empresa de administração de condomínios que tem seu nome, Inaldo dá dicas sobre como reduzir o valor (veja lista abaixo). “Muita gente vê uma piscina e acha que ela encarece o condomínio. Não é verdade. O maior peso é a folha de pessoal”, ressalta Inaldo, complementando que a água da piscina não é constantemente trocada, apenas completada.

Sobre a água, Inaldo destaca ainda que, na maior parte dos prédios, a medição é única, com a conta paga pelo condomínio. “É um erro pensar que não se paga pela água. Paga, sim. E se o condomínio ou o morador desperdiçam, isso encarece a taxa para todos”. Ele comenta que está em tramitação no Congresso um projeto de lei para que a medição individual seja obrigatória, assim como já ocorre com a cobrança de energia elétrica. “Hoje não há essa determinação, mas algumas construtoras oferecem a separação como um diferencial”.

Entre as recomendações, ele coloca ainda a realização de contratos de manutenção de equipamentos, como elevadores. “Parece ser mais caro a princípio, mas evita gastos inesperados e maiores quando eles quebram”. E aconselha ainda que seja contratada uma administradora especializada, com consultoria jurídica. A associação ao Sindicato da Habitação (Secovi-PE), que custa cerca de R$ 50 mensais, também pode ajudar com serviços jurídicos.

 

Veja dicas de como diminuir a taxa de condomínio

 

CONDOMÍNIO

- Reduzir ao máximo o número de funcionários, sem comprometer a segurança

- Evitar pagamento de horas extras

- Contratar funcionários que morem próximo ao empreendimento, para evitar pagamento de vale-transporte

- Renegociar contrato com fornecedores, pedindo descontos

- Manter contratos de manutenção para evitar gastos altos com consertos

- Instalar lâmpadas eletrônicas, com sensor de movimento

- Fazer vistorias constantes para checar vazamentos de água e energia elétrica

- Usar materiais de limpeza profissionais

 

MORADOR

- Economizar água

- Zelar pelo patrimônio do condomínio

- Consertar vazamentos de água e energia elétrica no apartamento

- Participar da administração e ajudar na captação de orçamentos

- Não chamar os dois elevadores ao mesmo tempo

 

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