Oriente Médio

Governo da Líbia apoia diálogo organizado pela ONU

Um primeiro encontro reuniu integrantes rivais do Parlamento reconhecido pela comunidade internacional no fim de setembro em Ghadamès, mas as negociações não deram resultados

Danilo Galindo
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Danilo Galindo
Publicado em 05/12/2014 às 11:16
Foto: MAHMUD TURKIA / AFP
Um primeiro encontro reuniu integrantes rivais do Parlamento reconhecido pela comunidade internacional no fim de setembro em Ghadamès, mas as negociações não deram resultados - FOTO: Foto: MAHMUD TURKIA / AFP
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O governo líbio reconhecido pela comunidade internacional manifestou apoio a um novo diálogo que será organizado na próxima terça-feira pela ONU entre os principais envolvidos na crise líbia, para tentar acabar com a violência no  país.

Um primeiro encontro reuniu integrantes rivais do Parlamento reconhecido pela comunidade internacional no fim de setembro em Ghadamès (600 km a sudoeste de Trípoli), mas as negociações não deram resultados.

"Estou satisfeito com a realização da segunda reunião de Ghadamès", declarou à AFP o ministro das Relações Exteriores do governo líbio reconhecido, Mohamed al-Dairi, na noite de quinta-feira em Cartum.

O governo "manifesta (seu) apoio aos esforços de Bernardino (Leon)", representante especial da ONU na Líbia, que media as negociações, acrescentou Dairi.

Ele estava em Cartum, capital do Sudão, para uma reunião sobre a crise líbia com representantes da Argélia, do Chade, do Egito, da Tunísia e do Sudão, que também anunciaram seu apoio às negociações. 

Dairi também manifestou seu desejo de que a reunião de terça permita "formar um governo de união nacional para administrar o período de transição" na Líbia, que vive uma situação de anarquia e violência desde a queda de Muamar Kadhafi, em 2011.

O governo reconhecido pela comunidade internacional tem sede no leste do país por causa da violência. Sua legitimidade é questionada por um Executivo paralelo que se instalou em Trípoli apoiado pela Fajr Libya, uma coalizão de milícias dominadas por islamitas que tomou o controle da capital líbia no início deste ano.

Uma reunião para as formações militares e os grupos armados líbios, diferente da organizada pela ONU com representantes políticos, também será realizada, afirmou Mohamed al-Dairi em Cartum, sem especificar quem participará.

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