SÃO PAULO

Capacidade do Cantareira cai pelo 14° dia consecutivo

De acordo com boletim divulgado pela Sabesp, o Cantareira opera com 5,1% da capacidade

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Publicado em 25/01/2015 às 11:45
Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas
De acordo com boletim divulgado pela Sabesp, o Cantareira opera com 5,1% da capacidade - FOTO: Fernanda Carvalho/ Fotos Públicas
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Pelo 14° dia consecutivo, a capacidade do principal sistema de abastecimento da região metropolitana de São Paulo. o Cantareira, registra queda. O nível dos demais sistemas permaneceu estável (Alto Tietê e Alto de Cotia) ou subiu (Guarapiranga, Rio Grande e Rio Claro).

De acordo com o boletim divulgado pela Sabesp, o nível do Cantareira baixou 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior e opera com 5,1% de sua capacidade neste domingo (25).

O sistema, que abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, registrou no dia 11 de janeiro 6,6% de capacidade -que já inclui a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada). De lá para cá, a capacidade do sistema cai consecutivamente. Até agora, o manancial acumula 96,1 mm de água -o que equivale a 35,45% da média histórica para janeiro (271,1 mm)

MEDIDAS

O governo federal traçou cenários sobre a crise hídrica em São Paulo na última sexta-feira (23) no Planalto. Caso a previsão de chuvas não se confirme e não haja medidas mais drásticas do Estado, há possibilidade de as represas secarem dentro de quatro a cinco meses. Em outro cenário, menos pessimista, o governo projetou a possibilidade de um colapso nos reservatórios em setembro.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), já discute novo aumento na tarifa de água a partir de abril, quatro meses após o último reajuste. Outra hipótese estudada é o endurecimento da cobrança de sobretaxa para quem gastar mais água. Além disso, o governo paulista já considera utilizar a terceira cota do volume morto do Cantareira.

Como saída para amenizar a crise da água, Alckmin quer usar a água da represa Billings para reduzir os impactos da crise que atinge a Grande São Paulo. 

Contudo, a represa Billings tem lixo acumulado em diversos pontos e água esverdeada pela proliferação de bactérias. "Isso aqui é um horror, só piorou nos últimos anos", diz a empresária Cornélia Juchem, de Diadema. A Sabesp diz ser possível transformar a água em potável, mas não detalha o que fará.

 

ALTO TIETÊ

Já o nível do reservatório Alto Tietê, que também sofre as consequências da seca, se manteve estável em relação ao dia anterior e opera com 10,4% de sua capacidade. O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo.

No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

 

DEMAIS SISTEMAS

A represa de Guarapiranga, que fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista, opera com 41,1 de sua capacidade após o nível subir 1,7 ponto percentual em relação ao índice anterior.

O nível do reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, se manteve estável e opera neste domingo com 28,6% de sua capacidade. Já o sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 73% de sua capacidade após subir 1,3 ponto percentual em relação ao índice anterior.

O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 27,3%% de sua capacidade após subir 0,2 ponto percentual. A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.

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