Crise Hídrica

Apesar de chuva, capacidade do Cantareira volta a cair

De acordo com o boletim divulgado pela Sabesp, o nível do Cantareira baixou 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior e opera com 5,3% de sua capacidade nesta sexta

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Publicado em 23/01/2015 às 11:52
Foto: Luiz Augusto Daidone / Prefeitura de Vargem
De acordo com o boletim divulgado pela Sabesp, o nível do Cantareira baixou 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior e opera com 5,3% de sua capacidade nesta sexta - FOTO: Foto: Luiz Augusto Daidone / Prefeitura de Vargem
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Apesar da chuva que atingiu a região metropolitana de São Paulo, o nível do sistema Cantareira baixou nesta sexta-feira (23) pela décima segunda vez consecutiva. Já a capacidade dos demais sistemas subiu em relação ao índice anterior.

De acordo com o boletim divulgado pela Sabesp, o nível do Cantareira baixou 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior e opera com 5,3% de sua capacidade nesta sexta.

O sistema, que abastece 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo, está em queda consecutiva desde o dia 11 janeiro, quando operava com 6,6% de sua capacidade --que já inclui a segunda cota do volume morto (água do fundo do reservatório que não era contabilizada).

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), discute novo aumento na tarifa de água a partir de abril, quatro meses após o último reajuste. Outra hipótese estudada é o endurecimento da cobrança de sobretaxa para quem gastar mais água. Além disso, o governo paulista já considera utilizar a terceira cota do volume morto do Cantareira.

O sistema Cantareira registra ainda menos chuva nesse início de 2015. A primeira metade de janeiro trouxe cenário ainda mais pessimista do que era projetado por especialistas e governo: a quantidade de chuva nas represas e a vazão dos rios que poderiam socorrê-lo ficaram muito abaixo da média histórica, enquanto as temperaturas estão elevadas, um incentivo para maior consumo.

A principal aposta da Sabesp para reduzir o consumo de água na Grande São Paulo foi reduzir a pressão na rede. Contudo, essa medida aumenta a possibilidade de contaminação, caso seja feita de maneira equivocada, segundo especialistas.

ALTO TIETÊ

Já o nível do reservatório Alto Tietê, que também sofre as consequências da seca, subiu pelo segundo dia consecutivo e opera com 10,3% de capacidade. O manancial acumulou 13,2 mm de água com a chuva desta quinta. Até agora, o sistema já acumula 54,9 mm --o que equivale a 25,45% da média histórica para janeiro (251,5 mm).

O sistema abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo. No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

DEMAIS SISTEMAS

A chuva também beneficiou a represa de Guarapiranga, que fornece água para 4,9 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista. O sistema opera com 38,5% de sua capacidade após o nível subir 0,4 ponto percentual em relação ao índice anterior. Com a chuva desta quinta, o manancial acumula 152,6 mm de água --66,55% da média histórica para janeiro (229,3 mm).

O nível do reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, subiu 0,6 ponto percentual e opera nesta sexta com 28,5% de sua capacidade.

O nível dos sistemas Rio Claro e Rio Grande subiu em relação ao dia anterior: 5,7 e 1,2 pontos percentuais, respectivamente. O reservatório de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, opera com 30,6% de sua capacidade. Já o manancial de Rio Grande, que atende a 1,2 milhão de pessoas, opera com 70,3% de sua capacidade.

A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h. 

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