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Presos ameaçam atear fogo em detento no RN; já são 12 rebeliões no Estado

A cena ocorreu no pavilhão 1 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, próximo a Natal

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Publicado em 17/03/2015 às 21:36
Foto: Wellington Rocha / Portal No Ar
A cena ocorreu no pavilhão 1 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, próximo a Natal - FOTO: Foto: Wellington Rocha / Portal No Ar
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O governo do Rio Grande do Norte confirmou na tarde desta terça-feira (17) a 12ª rebelião em presídios do Estado em menos de uma semana. Em uma das ações, detentos ameaçam atear fogo em um colega.

A cena ocorreu no pavilhão 1 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, próximo a Natal, segundo o Sindasp, sindicato dos agentes penitenciários do Estado. A Alcaçuz é considerado o maior presídio potiguar.

O vídeo, de 33 segundos, mostra um preso com as mãos amarradas em cima de uma pilha de portões de ferro que foram arrancados pelos próprios detentos durante o motim.

O autor da imagem, sem mostrar o rosto para a câmera, explica que o "refém" feriu um companheiro de cela e que por isso seria punido. "E agora a sentença dele vai ser [a de ser] queimado no fogo, porque agiu por impulso".

O vídeo termina com a mesma imagem, do detento amarrado. Segundo o Sindasp, apesar da ameaça, a vítima foi liberada 40 minutos depois.

A Alcaçuz foi uma das unidades prisionais mais destruídas durante a sequência de motins no Estado, iniciada no dia 11. Também houve depredações e incêndio em celas em outros quatro presídios de Natal.

O último motim começou às 16h desta terça no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Nova Cruz, com 200 presos. Até o início da noite desta terça não havia informações do governo se a situação já havia sido controlada pelas forças de segurança, a exemplo dos demais motins.

O governador Robinson Faria (PSB) culpou a gestão anterior pela situação "crítica", por entender que o motivo principal das rebeliões é a superlotação do sistema carcerário. São 7.700 detentos, 3.033 a mais do que a capacidade.

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