COMBATE

Vacina contra a dengue pode ficar pronta um ano antes do previsto

Representantes do laboratório se reuniram nesta quarta-feira (25) com diretores da Anvisa para apresentar os resultados já obtidos

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Publicado em 25/03/2015 às 22:33
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Representantes do laboratório se reuniram nesta quarta-feira (25) com diretores da Anvisa para apresentar os resultados já obtidos - FOTO: Foto: Arquivo/Wikipédia
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A vacina contra a dengue pode chegar ao mercado um ano e meio antes do previsto caso a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dê aval para acelerar o processo, afirma o Instituto Butantan, que pesquisa o insumo.

Inicialmente, a vacina estava prevista para ser concluída no primeiro semestre 2018. Com a antecipação, a ideia é que isso ocorra ainda no final de 2016.

Representantes do laboratório se reuniram nesta quarta-feira (25) com diretores da Anvisa para apresentar os resultados já obtidos com a vacina, ainda em fase de testes.

O grupo deve entregar um dossiê à agência na próxima semana e pedir que seja adiantada a última fase da pesquisa - o que pode fazer com que 12 mil doses da vacina sejam aplicadas em jovens e adultos voluntários ainda em maio deste ano, segundo o diretor-substituto do Butantan, Marcelo de Franco.

Caso a proposta de "acelerar" a pesquisa seja aprovada pela Anvisa, o instituto planeja produzir mais doses ainda neste ano.

Segundo Franco, a ideia de antecipar a vacina ocorre devido aos resultados positivos de segurança e à possibilidade de obter mais voluntários "diante de uma situação de emergência" em São Paulo, que vive o avanço dos casos de dengue.

A aplicação, no entanto, não poderia reduzir o número de casos já no início deste ano, afirma. "Não se poderia ter uma produção grande para atender a população. Mas podemos fazer a fase 3 [última fase de pesquisa] em áreas com maior incidência de dengue até para ter um melhor estudo de eficácia."

Para ele, os resultados devem surgir a "médio prazo". "Não é para fazer o combate a dengue agora. É para ter um produto mais célere e com eficácia já a partir do ano que vem."

Procurado, o diretor-presidente da Anvisa, Jaime Oliveira, disse que a agência dará prioridade ao caso assim que receber um pedido oficial na próxima semana. "Somente com os dados concretos podemos fazer uma avaliação", afirma.

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