Incêndio

Acesso de caminhões ao porto de Santos é liberado na madrugada

Os comboios passam pelo local entre 21h e 4h30

Da Folhapress
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Publicado em 08/04/2015 às 16:47
Foto: Daniela Origuela / DL
Os comboios passam pelo local entre 21h e 4h30 - FOTO: Foto: Daniela Origuela / DL
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A Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) decidiu liberar parcialmente o acesso de caminhões à margem direita do porto de Santos, bloqueado desde o início do incêndio em tanques de combustível da Ultracargo, na quinta-feira passada (2).

Durante a noite e a madrugada, caminhões que já estão nos pátios reguladores, no município vizinho de Cubatão, podem entrar em comboios de 40 veículos no porto. Na noite de segunda para terça-feira (7), 200 caminhões tiveram acesso ao porto, número que saltou para 741 na noite seguinte.

Segundo o diretor-presidente da Codesp, Angelino Caputo e Oliveira, o esquema foi descartado inicialmente porque a produção de grãos já costuma ficar estocada no porto. Mas, com o passar do tempo, foi necessário liberar a passagem para não comprometer o escoamento da safra.

Os comboios passam pelo local entre 21h e 4h30. Os caminhões que não conseguem deixar o porto nesse intervalo precisam aguardar até as 9h para seguir viagem.

"Nos interessa que os caminhões deixem as vias livres e não fiquem estacionados esperando uma definição. Mas não autorizamos que venham novos caminhões. A maioria veio de longe, com até três dias de viagem, e não tem como segurar esses caminhões na estrada", disse Caputo e Oliveira.

"COLD FIRE"

No sétimo dia de trabalho, os bombeiros começaram a utilizar "cold fire" (espuma com maior capacidade de resfriamento) para extinguir as chamas do tanque de gasolina por volta de 12h30.

Também há chamas no chão, devido a vazamentos do tanque de álcool anidro, que fica ao lado do tonel incendiado.

O fogo que sai do tanque de gasolina aumentou em comparação com os últimos dois dias. De acordo com o coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, coordenador da Defesa Civil do Estado de São Paulo, apesar disso a situação está sob controle.

"A gasolina vai acabando e aumenta o volume de vapor, que sai pelo teto do tanque e acaba pegando fogo", explicou o coronel. "O que se vê é a queima dos vapores exalados pelo combustível. Tem também a explosão pela entrada da água. É como ter uma frigideira e jogar água em cima. É um indicativo que o tanque está esvaziando."

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