Abastecimento

Após 15 dias, nível do Cantareira volta a recuar e atinge 15,3%

Esse recuo no índice é reflexo da escassez de chuva na cabeceira do reservatório e do tempo seco dos últimos dias

Da Folhapress
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Publicado em 01/07/2015 às 13:07
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Esse recuo no índice é reflexo da escassez de chuva na cabeceira do reservatório e do tempo seco dos últimos dias - FOTO: Foto: Agência Brasil
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Após permanecer metade do mês de junho estável, o sistema Cantareira, o maior da Grande São Paulo e em situação mais crítica, recuou 0,1 ponto percentual em relação ao índice do dia anterior e opera com 15,3% de sua capacidade, segundo balanço da Sabesp divulgado nesta quarta-feira (1°).

Esse recuo no índice é reflexo da escassez de chuva na cabeceira do reservatório e do tempo seco dos últimos dias. De acordo com a Sabesp, o manancial acumulou apenas 67,86% (39,7 mm) do volume de chuva esperado para todo o mês de junho (58,5 mm). Apesar de ruim, o reservatório acumulou mais água do que no mesmo período de 2014, quando acumulou 15,8 mm -25,2% do volume esperado (56 mm).

O Cantareira abastece 5,3 milhões de pessoas na zona norte e partes das zonas leste, oeste, central e sul da capital paulista -eram cerca de 9 milhões antes da crise da água. Essa diferença passou a ser atendida por outros sistemas.

O percentual usado na medição do sistema Canteira tem como base a quantidade de água naquele dia e a capacidade total do reservatório, de 1,3 trilhão de litros e que inclui o volume útil (acima dos níveis de captação) e as duas cotas do volume morto (reserva do fundo das represas, captadas com o auxílio de bombas).

Até então, o índice considerava o volume morto apenas na quantidade disponível, e não na capacidade total -sem ele, o sistema tem capacidade de 1 trilhão de litros de água. Essa é uma das três metodologias que a Sabesp usa atualmente para divulgar o volume do reservatório.

OUTROS RESERVATÓRIOS

O nível do sistema Alto Tietê, que abastece 4,5 milhões de pessoas na região leste da capital paulista e Grande São Paulo, recuou 0,1 ponto percentual e opera com 20,5% de sua capacidade.

No dia 14 de dezembro, o Alto Tietê passou a contar com a adição do volume morto , que gerou um volume adicional de 39,5 milhões de metros cúbicos de água da represa Ponte Nova, em Salesópolis (a 97 km de São Paulo).

A represa Guarapiranga opera nesta quarta com 74,9% de sua capacidade após recuar 0,1 ponto percentual em relação a medição do dia anterior. O Guarapiranga fornece água para 5,2 milhões de pessoas nas zonas sul e sudeste da capital paulista.

Já o reservatório Alto de Cotia, que fornece água para 400 mil pessoas, opera com 63,4% de sua capacidade após recuar 0,2 ponto percentual. O sistema Rio Grande, que atende a 1,5 milhão de pessoas, recuou 0,3 ponto percentual e opera nesta quarta com 91,7% de capacidade. O nível de Rio Claro, que atende a 1,5 milhão de pessoas, avançou 0,1 ponto percentual em relação ao índice anterior e opera com 71,8%.

A medição da Sabesp é feita diariamente e compreende um período de 24 horas: das 7h às 7h.

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