Terrorismo

Cardozo diz ter conversado com Dilma sobre físico da UFRJ suspeito de terrorismo

O físico Adlène Hicheur, de 39 anos, foi condenado a 5 anos de prisão na França sob a acusação de planejar atentados terroristas

Do Estadão Conteúdo
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Publicado em 12/01/2016 às 18:50
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O físico Adlène Hicheur, de 39 anos, foi condenado a 5 anos de prisão na França sob a acusação de planejar atentados terroristas - FOTO: Foto: Reprodução
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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira (12) ter conversado com a presidente Dilma Rousseff e com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, sobre a situação do físico franco-argelino que cumpriu pena na França por crimes de terrorismo e hoje dá aulas na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFFJ). Segundo Cardozo, o assunto também foi discutido com o Itamaraty e com a Polícia Federal, que investiga o professor. 

"Esta é uma questão que está sendo neste momento estudada. Nós estamos estudando juridicamente o que é cabível ser feito. O processo está em sigilo e, portanto, não vou tecer maiores considerações", afirmou. Nessa segunda, 11, Mercadante disse que a entrada do professor deveria ter sido bloqueada. 

De acordo com a Revista Época, o físico Adlène Hicheur, de 39 anos, foi condenado a 5 anos de prisão na França sob a acusação de planejar atentados terroristas. Ele está radicado no Brasil há 3 anos, desde que obteve liberdade provisória. Especialista em partículas elementares e internacionalmente reconhecido, o professor dá aulas no instituto de física da UFRJ como professor visitante.

"Fui preso pela polícia francesa no fim de 2009 e a única justificativa de minha detenção foram minhas visitas aos chamados websites islâmicos subversivos. Fui privado da minha liberdade por dois anos apenas com base nisso. Nenhum outro elemento foi apresentado contra mim", afirmou o professor em carta enviada ao Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF).

Hicheur passou a ser investigado pela Polícia Federal brasileira depois de um episódio ocorrido em 2014 na mesquita em que ele frequentava, em Vila Isabel, no Rio. A investigação foi arquivada.

 

 

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