Saúde

Ministério da Saúde confirma 1.638 casos de microcefalia

Entre o boletim anterior e o divulgado hoje, 22 novos casos foram confirmados, e 50 foram descartados

ABr
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Publicado em 30/06/2016 às 18:07
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Entre o boletim anterior e o divulgado hoje, 22 novos casos foram confirmados, e 50 foram descartados - FOTO: Foto: Diego Nigro/JC Imagem
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O Ministério da Saúde divulgou hoje (30) que até 25 de junho foram confirmados 1.638 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso em todo o país, que sugerem ter sido causados por infecção congênita. Outros 3.061 casos suspeitos de microcefalia ainda estão sendo investigados.

Desde o início das investigações, em outubro do ano passado, 8.165 casos suspeitos de microcefalia foram notificados ao Ministério da Saúde. Destes, 3.466 já foram descartados, por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia ou malformações confirmadas por causa não infecciosas. Outros também foram descartados por não se enquadrarem na definição de caso.

Entre o boletim anterior e o divulgado hoje, 22 novos casos foram confirmados, e 50 foram descartados.

Do total de casos confirmados, 270 tiveram confirmação laboratorial de que foram causados pelo vírus Zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressaltou que esse dado não representa adequadamente a totalidade do número de casos relacionados ao vírus, pois considera que houve infecção pelo vírus Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia.

Todos os estados e o Distrito Federal tiveram casos confirmados, sendo 6.020 no Nordeste, 1.236 no Sudeste, 448 no Centro-Oeste, 322 no Norte e 139 na Região Sul.

Em relação aos óbitos, de outubro para cá, foram registrados 328 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central, após o parto ou durante a gestação. Isso representa 4% do total de casos notificados. Destes, 87 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 184 continuam em investigação e 57 foram descartados.

Zika

Transmitido pelo mosquito o Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. Ele provoca sintomas semelhantes aos da dengue e da febre chikungunya, só que mais leves,. Em novembro de 2015, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas pelo vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos. A Síndrome de Guillain-Barré também pode ser ocasionada pelo Zika.

A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos, além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

A principal recomendação do ministério a gestantes é a de adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.

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