A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi ocupada por volta das 14h20 por servidores públicos da área de segurança que desde a manhã protestam contra o pacote de medidas anticrise do governador Luiz Fernando Pezão. Há pouco, eles tomaram o plenário e estavam sentados nas cadeiras do presidente, Jorge Picciani (PMDB), e de outros deputados. Também as galerias do segundo andar, onde costuma ficar o público que assiste as votações, foram ocupadas. Um sinalizador de fumaça foi aceso no plenário.
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Composto de 22 projetos de lei, o plano de Pezão foi enviado à Alerj na sexta-feira passada, e inclui iniciativas impopulares, como a elevação da contribuição previdenciária de servidores ativos, inativos e pensionistas.
No fim da manhã, lideranças da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) começaram a incitar os manifestantes a enfrentar o Batalhão de Choque, responsável pela segurança dos funcionários da Alerj que estavam no prédio. Na tentativa de acalmar os ânimos, o presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio, Odonclei Boechat, chegou a convocar um abraço no prédio, localizado no centro da cidade, num ato simbólico de respeito à casa legislativa e à democracia, mas não teve sucesso.
Servidores
A manifestação reúne servidores da Polícia Civil, da Polícia Militar, bombeiros e representantes de penitenciárias, que se organizaram por meio do Facebook e Whatsapp. "Vamos invadir e só vamos sair depois que o pacote de maldades for derrubado", afirmou, ainda pela manhã, uma das lideranças que se identificou como policial militar do 22º Batalhão. Até que o prédio fosse invadido, as lideranças da Polícia Militar e do sindicato dos inspetores penitenciários discutiam no carro de som instalado na frente da Alerj se os manifestantes deveriam ou não invadir a Alerj.
Deputados e Picciani não estavam na Alerj no momento da invasão, apenas funcionários. Alguns deles conseguiram deixar o prédio por uma saída desconhecida dos manifestantes antes dos protestantes tomarem o prédio.