A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) esclareceu, nesta sábado (05) que é falso o boato de toque de recolher que está circulando nas redes sociais deste a madrugada.
A nota dizia que a população não deveria sair de suas residências, pois as Forças Armadas entrariam em confronto armado com as facções criminosas do Estado. A SSPDS reforçou no twitter que a notícia é falsa e que informações oficiais apenas são divulgadas no site da pasta e perfis oficiais das redes sociais.
Frota reduzida
Quem prefere arriscar, acaba tendo de esperar além do tempo comum pelos coletivos. Carmem Maria, 74, esperou por quase duas horas. A senhora pretendia ir a uma consulta no Hospital das Clínicas. 30 minutos antes do horário marcado, ela ainda não tinha conseguido tomar um coletivo. "Eu vou voltar pra casa, o médico lá não pode esperar por mim, nem eu. Tem que chegar na hora certa”, lamentou. Segundo ela, a linha Parquelândia/Parangaba passa com bastante frequência. Em dias com frota total, não espera mais que 20 minutos.
O vendedor ambulante Ricardo da Costa, 32, também sofreu com o baixo fluxo de passageiros nos ônibus de Fortaleza. Para ele, o “movimento foi fraco”. Até às 14 horas desta sexta, Ricardo não tinha conseguido vender pouco mais de R$ 35. De acordo com ele, com o tráfego estabelecido, dentro do mesmo horário, ele consegue arrecadar até R$ 80.
Tanto Raimundo quanto Carmem e Ricardo atravessaram a avenida Bezerra de Menezes, nesta sexta-feira, em tempos diferentes. A empresa de transporte intermunicipal Vitória reduziu sua frota de ônibus a um veículo por linha. Enquanto Carmem aguardava um coletivo municipal, no terminal do Antônio Bezerra, a poucos quilômetros dali, outros tantos esperavam. No entanto, da frota do município de Fortaleza, apenas 30% ficou disponível durante o dia.
O fluxo de veículos no terminal com maior demanda de passageiros da cidade era quase zero. Vez ou outra, um par de veículos transitava no local, conduzindo, por sorte, passageiros que se arriscaram a sair de casa.
Reforço
O Policiamento Militar do Ceará (PMC) recebeu reforço de 373 novos soldados para atuarem na segurança da população cearense na ruas. O novo efetivo é formado por 359 homens e 14 mulheres. A posse aconteceu no Quartel do Comando Geral, na manhã desta sexta-feira, 4, com a presença do governador Camilo Santana (PT).
A 4ª turma de aspirantes faz parte dos aprovados em um concurso realizado em 2016. Na ocasião, Camilo Santana anunciou adiantamento da nomeação de 220 novos agentes penitenciários, que só seriam convocados em março. Os agentes irão reforçar o efetivo da Secretaria de Administração Penitenciária.
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Os novos PMs fizeram parte do curso de formação promovido pela Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp), entre os meses de abril e agosto de 2018, e cumpriram uma carga-horária de 1.020 horas/aulas.
Durante os treinamentos a turma recebeu instruções teóricas e práticas de diversas áreas como: ética; cidadania; tiro policial defensivo; direitos humanos; polícia comunitária; gestão de conflitos; defesa pessoal; técnica policial militar; atendimento em emergências médicas e direção veicular aplicada a atividade policial militar, entre outros conhecimentos que preparam o novo soldado para o policiamento ostensivo e preventivo das ruas.
Força Nacional
Segundo informações do jornal Estado de S. Paulo, agentes da Força Nacional começam a atuar no Ceará neste sábado, 5, após pedido do governador do Estado, Camilo Santana (PT), ao ministro Sérgio Moro, da pasta de Justiça e Segurança Pública.
O Ceará registrou nos últimos dias uma onda de ataques a prédios, bancos e ônibus no interior e na capital. Moro autorizou nesta sexta-feira, 4, o envio de 300 agentes da Força Nacional ao Estado. No dia anterior, ele havia negado o deslocamento imediato dos agentes.
Além da tropa, que vai ficar 30 dias no Ceará, serão enviadas 30 viaturas. Já o governo estadual empossou nesta sexta 373 novos policiais militares, que vão reforçar o patrulhamento nas ruas e 34 policiais rodoviários federais, nas BRs. Outro reforço veio do governo baiano, que mandou 100 PMs.