Devido a onda de ataques criminosos que teve início nessa quarta-feira (2) no Ceará, o secretário da Administração de Penitenciária do Ceará (SAP), Luís Mauro Albuquerque, ordenou que os diretores de presídios realizem um "pente fino" em todas as celas das unidades para que não haja qualquer meio de comunicação que possa facilitar o acesso dos presos sobre os ataques.
"Peço aos diretores de cada unidade penitenciária para colocar seus agentes para retirar qualquer apologia às facções criminosas de dentro dos presídios. Faremos uma higienização e combateremos a cada um deles", declarou o secretário em áudio divulgado neste sábado (5).
Na gravação, Luís Mauro disse também não se sentir amedrontado pelas ações criminosas e pediu que a polícia não recue diante a situação. "Eu agradeço a todos os policiais pelo trabalho que estão realizando. Vamos continuar e nada irá intimidar as forças de segurança", afirmou.
Força Nacional
Agentes da Força Nacional começam a atuar no Ceará neste sábado (5) após pedido do governador do Estado, Camilo Santana (PT), ao ministro Sérgio Moro, da pasta de Justiça e Segurança Pública. O Ceará registrou nos últimos dias uma onda de ataques a prédios, bancos e ônibus no interior e na capital.
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Apreensões
Segundo o secretário, a polícia tem realizado várias apreensões de drogas e armas, além de encaminhar suspeitos para a delegacia. Luís Mauro criticou também a distribuição de internos nas unidades segundo seus vínculos com organizações criminosas, adotada pelo Governo do Estado.
Declaração polêmica
Horas antes do início dos ataques, durante sua cerimônia de posse nessa quarta-feira, o secretário comentou não reconhecer as facções."Eu não reconheço facção. O Estado não deve reconhecer facção. A lei não reconhece facção". "O preso está sob a tuleta do Estado. Quem manda é o Estado", disse.