TRAGÉDIA

Comitê: rompimento em Brumadinho pode provocar mais vítimas que em Mariana

O receio é de que o número de vítimas no acidente de hoje seja bem mais elevado, sobretudo de funcionários da empresa

Estadão Conteúdo
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Publicado em 25/01/2019 às 17:24
Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros MG
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Equipe do Comitê de Crise criado para acompanhar o rompimento das barragens de Brumadinho, em Minas, avalia que o desastre do início desta tarde de sexta-feira (25), pode ter proporções maiores do que o acidente ocorrido há três anos, em Mariana.

Com o rompimento das duas barragens, o risco é de que 1 milhão de litros de resíduos de mineração sejam lançados no meio ambiente. Uma quantidade menor do que os 50 milhões lançados no desastre de Mariana. O problema, no entanto, é de que o acidente desta vez atingiu a parte administrativa da Companhia Vale do Rio Doce. Trabalham na unidade 613 pessoas, em três turnos, além de 28 profissionais terceirizados. O receio é de que o número de vítimas no acidente de hoje seja bem mais elevado, sobretudo de funcionários da empresa.

Foto: DOUGLAS MAGNO / AFP
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Foto: Reprodução/TV Globo
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Foto: Reprodução/TV Record
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Famílias esperam informações de desaparecidos - Foto: AFP
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A equipe também acompanha o risco de os dejetos atingirem o Rio Paraopeba. Caso esse cenário se concretize, há a possibilidade de o abastecimento de Belo Horizonte ser atingido. Uma operação de emergência, para envio de água para áreas afetadas pelo abastecimento, já começa a ser desenhada.

Instalado a 6 Km do local da tragédia

O gabinete de crise da tragédia em Brumadinho está sendo estruturado na Faculdade Asa, que fica a pouco mais de seis quilômetros do local do acidente. Já foram mobilizados quatro helicópteros da Polícia Militar (MG), pelo menos um da Polícia Civil e dezenas de viaturas da corporação, além de socorristas do Samu e ambulâncias.

Os helicópteros estão utilizando o gramado de um campo de futebol da faculdade para aterrissagem, enquanto uma estrutura de atendimento médico emergencial está sendo montada em um galpão ao lado.

"No local teremos apenas uma estrutura emergencial, já que lá falta água, energia e o acesso é complicado", afirma o major Flávio Santiago, da comunicação da PM. "O atendimento principal e o centro de controle das operações serão aqui", completa.

 

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