Santa

Irmã Dulce será proclamada oficialmente como santa dia 13 de outubro

Cerimônia acontecerá no Vaticano; uma semana depois Salvador terá ato religioso

Do Jornal Correio para Rede Nordeste
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Publicado em 01/07/2019 às 9:10
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Cerimônia acontecerá no Vaticano; uma semana depois Salvador terá ato religioso - FOTO: Foto: Arquivo/Correio
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O dia 13 de outubro entrará para a história do catolicismo brasileiro. Será nesta data que a freira baiana Irmã Dulce será proclamada como santa pela Igreja Católica. A data foi anunciada na manhã desta segunda-feira (1º) pelo Vaticano. A cerimônia acontecerá às 10h no Vaticano e será celebrada pelo papa Francisco. A partir dessa data Dulce será chamada de Santa Dulce dos Pobres (seu nome de santa).

Após o anúncio do Vaticano, as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) realizam, nesta manhã, coletiva para a imrpensa sobre a Canonização de Irmã Dulce, no Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres. Na ocasião estarão presentes o arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger e a superintendente das Obras Sociais, Maria Rita Pontes explicam detalhes da cerimônia de Santificação no Vaticano.

Além disso, também serão divulgadas as informações sobre o evento festivo em Salvador, que acontecerá no dia 20 de outubro. Será uma missa celebrada em Salvador por Dom Murilo, às 16h. Durante a celebração foi apresentado ao público José Maurício, baiano que mora em Recife que foi o objeto do segundo milagre de Irmã Dulce. Através das orações para Dulce, José, que é baiano e mora em Recife, voltou a ver.

Canonização

O Vaticano anunciou no dia 14 de maio que a freira baiana Irmã Dulce será proclamada santa. Com o decreto autorizado pelo Papa Francisco reconhecendo um novo milagre atribuído à intercessão de Irmã Dulce, a beata será proclamada Santa em solene celebração de canonizações. Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, Irmã Dulce nasceu em Salvador em 26 de maio de 1914 e ali morreu em 22 de maio de 1992. Irmã Dulce foi beatificada em 22 de maio de 2011, em cerimônia no Parque de Exposições.

 

 

O processo da causa da Canonização de Irmã Dulce foi iniciado em janeiro de 2000. Com o início do processo, seus restos mortais, que desde 1992 (ano de seu falecimento) estavam na Igreja da Conceição da Praia, foram então transferidos para a Capela do Convento Santo Antônio, na sede das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), também em Salvador.

A validação jurídica do virtual milagre presente no processo foi emitida pela Santa Sé em junho de 2003. Já em abril de 2009, o Papa Bento XVI reconheceu as virtudes heróicas da Serva de Deus Dulce Lopes Pontes, autorizando oficialmente a concessão do título de Venerável à freira baiana. O título foi o reconhecimento de que Irmã Dulce viveu, em grau heróico, as virtudes cristãs da Fé, Esperança e Caridade.

O voto favorável e unânime da Congregação para a Causa dos Santos, que levou ao título de Venerável, havia sido concedido em 2008 e anunciado em janeiro de 2009 pelo colégio de cardeais, bispos e teólogos após a análise da Positio – documento canônico misto de relato biográfico e das virtudes e resumo dos testemunhos do processo. Os teólogos que estudaram a vida e as obras de Irmã Dulce a definiram como a “Madre Teresa do Brasil”, pelas semelhanças do seu testemunho cristão com a Beata de Calcutá, sendo “um conforto para os pobres e um exame de consciência para os ricos”.

O título de Bem-Aventurada Dulce dos Pobres foi concedido depois que foi reconhecido como milagre a salvação, pela intercessão de Irmã Dulce, da sergipana Cláudia Cristiane Santos. Em janeiro de 2001, ela sofreu durante 18 horas com sangramentos após o parto do seu filho, Gabriel, na Casa de Saúde e Maternidade São José, na cidade de Itabaiana. Após o padre José Almí de Menezes rezar por Irmã Dulce, Cláudia se viu curada instantaneamente.

Foto: Cláudia e seu filho Gabriel: salvos no primeiro milagre de Irmã Dulce/Reprodução

No dia 9 de junho de 2010 é realizada a exumação e transferência das relíquias (termo utilizado para designar o corpo ou parte do corpo dos beatos ou santos) da Venerável Dulce para sua capela definitiva, localizada na Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, situada ao lado da sede da Osid, no Largo de Roma. A Capela das Relíquias foi construída na própria Igreja da Imaculada Conceição, erguida no local do antigo Cine Roma e do Círculo Operário da Bahia, construídos pela freira na década de 40.

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