As redes sociais na manhã desta quarta-feira, 31, confirmam que não é excessiva a preocupação de auxiliares do presidente da República Jair Bolsonaro em estarem apreensivos com os efeitos práticos das últimas polêmicas causadas por falas do mandatário. A hashtag #QuartaFeiraSemBolsonaro foi sugerida pelo perfil do escritor Chico Barney no Twitter e é o assunto mais comentado desta manhã.
De acordo com Barney, a ideia é "passar um dia da semana sem tuitar nada a respeito do governo". "Questão de saúde pública", comenta. A ideia foi endossada e está há cinco horas entre os assuntos mais debatidos do Twitter. Os internautas contrários ao governo estão utilizando a hashtag em posts sobre outros assuntos, enquanto os militantes virtuais favoráveis à gestão também ajudam a impulsionar a hashtag, mas dizendo que não irão parar de falar sobre o presidente.
Falas causam apreensão entre aliados
As declarações do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nos últimos dias tem causado apreensão em alguns de seu auxiliares mais próximos. Por isso, na manhã dessa terça-feira (30), uma reunião de emergência aconteceu no Palácio do Planalto. Para o grupo, que conta com integrantes da ala militar do governo, com a elevação do tom de suas falas, Bolsonaro prejudica sua gestão, que perde a chance de divulgar pautas positivas.
Segundo um dos membros desse grupo, ações consideradas boas, como a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a prisão do hacker que teria invadido celulares de autoridades, acabam passando despercebidas por causa do “destempero” de Bolsonaro.
A reunião dessa terça, teve como uma das razões a tentativa de entender o que está por trás do comportamento do presidente. Quem participou do encontro admite que ter sido pego de surpresa pelas declarações controversas do chefe do Executivo brasileiro.
Na visão do grupo, duas avaliações podem responder às dúvidas. Uma delas é que a equipe presidencial errou ao deixar Bolsonaro muito exposto a jornalistas durante eventos nos últimos dias. Os participantes da reunião defendem a redução de parte das interações, limitando, assim, as oportunidades de o presidente alimentar novas polêmicas.
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