A revista 'The Economist' desta semana traz como capa ‘O velório para a Amazônia: a ameaça do desmatamento descontrolado’. Crítica procede às pesquisas realizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e divulgadas no início de julho, que revelaram um aumento de 15% no desmatamento da floresta.
"O Brasil tem o poder de salvar a maior floresta tropical da Terra — ou destruí-la", escreve, em editorial, que aponta o presidente brasileiro como responsável: "Jair Bolsonaro está acelerando o processo, em nome, ele afirma, do desenvolvimento. O colapso ecológico que suas políticas podem precipitar seria sentido com mais intensidade nas fronteiras de seu país, que circundam 80% da bacia — mas iria muito além delas. Precisa ser evitado.”, sinaliza a publicação inglesa.
O presidente brasileiro "deixou claro que os infratores não têm nada a temer" e, "como 70% a 80% da extração madeireira na Amazônia é ilegal, a destruição aumentou para níveis recordes". Desde que ele assumiu, em janeiro, "as árvores estão desaparecendo a uma taxa de mais de duas ilhas de Manhattan por semana".
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"Empresas de alimentos, pressionadas pelos consumidores, devem rejeitar a soja e a carne produzidas em terras amazônicas exploradas ilegalmente. Os parceiros comerciais do Brasil devem fazer acordos contingentes de seu bom comportamento. O acordo alcançado em junho pela União Europeia e pelo Mercosul, do qual o Brasil é o maior membro, já inclui dispositivos para proteger a floresta tropical. Aplicá-los é esmagadoramente do interesse das partes. O mesmo vale para a China, que está preocupada com o aquecimento global e precisa da agricultura brasileira para alimentar sua pecuária."
Outras críticas
Além da 'The Economist', outros veículos de alcance mundial já haviam alarmado diferentes países sobre a situação da Amazônia ao longo da semana. Entre eles, o jornal americano ‘The New York Times’, o francês ‘Le Monde’, o inglês ‘The Guardian’ e o espanhol ‘El País’.