O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), disse em pronunciamento realizado após o desfecho do sequestro em ônibus no Rio de Janeiro, que conversou com parentes do sequestrador, e eles pediram desculpas à população e aos reféns pelo comportamento do jovem. "Falaram que houve uma falha na educação, a mãe dele estava chorando muito", disse o governador. O governador informou que a recém-criada Secretaria de Vitimização irá cuidar não apenas dos 37 reféns, mas também da família do homem morto.
Witzel afirmou que o desfecho não foi o que ele queria, mas defendeu a tática policial no caso. "O ideal era que todos saíssem com vida, mas tomamos a decisão de salvar os reféns. (Tomamos a decisão de) solucionar o problema rapidamente, foi um trabalho muito técnico da polícia, que usou atiradores de elite, eu fiquei monitorando o tempo todo".
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Sequestrador morre no local
Após quase quatro horas, o sequestro de um ônibus na Ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro teve o seu desfecho. De acordo com o Coronel Mauro Fliess, porta-voz da Polícia Militar, William Augusto Nascimento, de 20 anos, morreu após ser atingido na perna por um atirador de elite. O revólver que o homem portava, de acordo com as autoridades, era de brinquedo. Nenhum dos 37 passageiros foi ferido e todos recebem cuidados médicos por procedimento de rotina.
O homem, que se identificou como policial militar para entrar no ônibus, não fez nenhuma demanda específica para liberar os reféns. Além da arma falsa, o criminoso portava gasolina e uma arma de choque, e ameaçava tocar fogo no coletivo. A motivação do crime não foi descoberta.
O sequestro
Por volta das 5h30 da manhã desta terça-feira, um homem armado entrou no ônibus de linha 2520, que sai do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, em direção ao Estácio, na região Central do Rio, e obrigou o motorista a atravessar o coletivo na pista, na altura do vão central.
Segundo entrevista de refém, o criminoso entrou no veículo e anunciou o sequestro. Pediu que as vítimas fechassem as cortinas e que uma das passageiras amarrassem as mãos das vítimas. O sequestrador deixou claro para os reféns que não iria incendiar o ônibus.