Uma análise interna do Facebook mostra que o gigante das mídias sociais não foi capaz de desvelar e impedir uma rede de contas no Brasil espalhando desinformação sobre a vereadora do PSOL Marielle Franco após o seu assassinato, um evento que polarizou ainda mais o País às vésperas de uma eleição presidencial disputada em altas temperaturas, mostram documentos obtidos pelo Wall Street Journal.
A empresa, que demorou quatro meses para desmantelar essa rede, também descobriu que um grupo que apoiava o então candidato Jair Bolsonaro, vencedor da eleição, estava encorajando os seus seguidores no Facebook a usar um aplicativo criado por fornecedores independentes que habilitava o grupo a fazer publicações em seu nome duas vezes ao dia.
Desconhecimento
O Facebook não sabia sobre essas atividades até ser alertado por repórteres e ainda assim não conseguiu determinar quão difundida ela estava, mostram os documentos.
Leia Também
- Kim Kataguiri e Eduardo Bolsonaro batem boca sobre lei das Fake News
- Congresso derruba veto e retoma penas mais duras para quem divulga fake news
- Fachin libera para julgamento ação contra inquérito das fake news
- Decisão de Moraes sobre inquérito das fake news preocupa procuradores
- Ministro do STF prorroga inquérito que apura fake news e ameaças