MONTE ALEGRE

Bombeiros combatem incêndio em parque estadual no Pará

O fogo foi controlado em uma das encostas da unidade de conservação

Agência Brasil
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Publicado em 07/10/2019 às 10:39
Foto:  Divulgação / Corpo de Bombeiros Militar do Pará
O fogo foi controlado em uma das encostas da unidade de conservação - FOTO: Foto: Divulgação / Corpo de Bombeiros Militar do Pará
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O incêndio no Parque Estadual de Monte Alegre, na região oeste do Pará, que começou no sábado (5), foi controlado em uma das encostas da unidade de conservação na noite desse domingo (6), segundo informou o Corpo de Bombeiros Militar do estado. O trabalho das equipes agora vai se concentrar em outros locais do parque onde as chamas ainda persistem.

Duas equipes, com seis militares do 4º Grupamento de Bombeiros Militares de Santarém, foram deslocadas para o município de Monte Alegre na manhã de ontem. No início da tarde, o grupo foi reforçado com o deslocamento de mais uma equipe de bombeiros.

Nesta segunda-feira (7) um helicóptero da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) será deslocado, de Marabá para Monte Alegre, a fim de apoiar os trabalhos de combate ao incêndio. A aeronave é dotada de um equipamento que tem capacidade para armazenar 400 litros de água. O helicóptero será usado ainda para fazer o levantamento da área atingida pelo fogo.

O incêndio começou na Serra da Lua, um dos principais sítios arqueológicos do parque, que está entre as 26 unidades de conservação estaduais administradas pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio). O local é também o habitat natural de uma espécie endêmica e ameaçada de extinção, a ave Aratinga maculata, conhecida na região como cacaué.

Além da Serra da Lua, também foram identificados focos de incêndio na Caverna Itatupaoca. O tenente-coronel Ney Tito da Silva Azevedo, comandante do 4º Grupamento de Bombeiros de Santarém e coordenador da 4ª Regional da Defesa Civil, disse que as equipes têm enfrentado dificuldades de locomoção devido ao terreno da região ser acidentado, com serras, vales e cavernas.

Pinturas rupestres

Entre os anos de 1991 e 1992, a arqueóloga Anna Roosevelt escavou o sítio Gruta do Pilão – que ela chamou de Gruta da Pedra Pintada. O resultado desta pesquisa revelou datas surpreendentes, de mais de 11 mil anos, o que demonstra a antiguidade da ocupação humana e da arte rupestre na região.

Localizado na extremidade sudoeste da Serra do Ererê, o sítio arqueológico Serra da Lua chama a atenção por suas pinturas policromáticas impressas em paredões que se estendem por mais de 200 metros a céu aberto. Destaca-se entre as pinturas um grande círculo, com um metro de diâmetro, pintado nas cores amarelo e vermelho, que inspirou a denominação da serra.

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