Ativistas do Greenpeace jogaram óleo em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (23), em protesto contra a política ambiental do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Segundo a ONG, ação critica "a lentidão" do governo para conter o vazamento de óleo que atingiu 194 praias nos nove estados do Nordeste desde o começo de setembro. As informações são do portal G1.
Os manifestantes colocaram barris de petróleo em frente à sede da Presidência da República, espalharam areia sobre uma lona azul, simulando a praia, e despejaram uma mistura de óleo e tinta para simular a substância oleosa encontrada no litoral nordestino.
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“Este é um protesto contra a política antiambiental e de desmonte da proteção e da gestão ambiental no Brasil que vem sendo promovida pelo governo Bolsonaro desde o início do mandato”, explicou Thiago Almeida, porta-voz do movimento para questões sobre clima e energia.
Queimadas
O grupo também levou galhos de árvores e fotografias para retratar o desmatamento e as queimadas que atingem a Amazônia.
Frases como "Brasil manchado de óleo" e "Pátria queimada Brasil" foram ouvidas durante a manifestação e estavam estampadas nas camisas pretas vestidas pelo grupo.
A demora em combater e mitigar desastres ambientais mostra que o governo federal não está preparado para responder a eventos como esses, deixando nossos oceanos e florestas ainda mais vulneráveis. Participe do abaixo-assinado: https://t.co/tnxBzYEaAE #InimigoDoMeioAmbiente pic.twitter.com/pLBCySEk29
— Greenpeace Brasil (@GreenpeaceBR) October 23, 2019
Resposta do governo
Em nota ao portal G1, o Ministério do Meio Ambiente disse que os manifestantes depredaram o patrimônio público. “Não bastasse não ajudar no esforço de limpeza das praias, o Greenpeace ainda depreda patrimônio público.”
Atrito com ministro
Na segunda-feira (21), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, publicou em seu perfil no Twitter uma crítica à ONG ambientalista Greenpeace. Salles usou um trecho de um vídeo publicado pela organização onde um ativista afirma o motivo do grupo não estar ajudando na limpeza das praias.