O Comitê de Suporte ao monitoramento das manchas de óleo - formado pela Marinha, Ibama e pela Agência Nacional do Petróleo ( ANP), que integram o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) - foi transferido neste sábado ( 26) do Rio de Janeiro para as instalações do Centro de Operações Conjuntas, na sede do Ministério da Defesa, em Brasília.
Segundo nota divulgada pela Marinha, a medida foi motivada pelo “aumento do efetivo empregado no combate às manchas de óleo no litoral nordestino e para a ampliação da capacidade de comando e controle de todas as ações que estão sendo desempenhadas pelos diversos órgãos componentes do Comitê de Suporte”.
O GAA atua em coordenação com Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal, Petrobras, Defesa Civil, Exército e Força Aérea Brasileira, assim como diversas instituições e agências federais, estaduais e municipais, além de empresas e universidades.
Segundo a Organização Não Governamental Salve Maracaípe, que integra o comitê de crise montado pelo governo de Pernambuco, o estado é o que concentra as praias mais afetadas pelo óleo.
A situação mais delicada está na praia de Itapuama, em Cabo de Santo Agostinho, onde foi concentrado recebimento de doações de comida e equipamentos de segurança, que são distribuídos pelo litoral nordestino.
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Pontos críticos
Outros pontos considerados críticos por ambientalistas são as praias do Paiva, no município pernambucano de Paulista, as praias de Janga e Pau Amarelo, onde os estuários – braços do mar que desembocam nos rios – preocupam, sobretudo, por causa dos manguezais onde a remoção do óleo é muito difícil.
Ainda em Pernambuco, na praia de Muro Alto, novos respingos de óleo apareceram neste sábado (26). Até agora, o óleo já atingiu mais de 230 pontos do litoral nordestino e o governo brasileiro ainda não identificou como ele foi parar em águas brasileiras.
Hoje, em Brasília, o presidente da República em exercício, general Hamilton Mourão, falou sobre as condições das praias para banho. “Estão [boas para banho]. O óleo já foi recolhido. Hoje, acredito que não tem mais nenhuma praia suja no Nordeste. Todas estão com óleo recolhido. À medida que vai aparecendo, nós estamos deslocando os especialistas para lá, eles fazem a limpeza e pronto, a praia está em condições de banho”, disse Mourão.