A Presidência da República decidiu deixar de comprar jornais e revistas impressos. O contrato de fornecimento de periódicos, que se encerraria no fim deste ano, não será renovado. Agora, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) deverá manter apenas assinaturas de veículos digitais no próximo ano.
Firmado em 2017, o contrato era de R$ 582.911,40 anuais para entrega de periódicos nacionais e estrangeiros no Palácio do Planalto e no escritório regional da Presidência em São Paulo, além de assinaturas digitais.
A Presidência assinava seis jornais impressos, oito revistas e 26 canais digitais de notícias. O fornecimento das publicações impressas foi interrompido na segunda-feira (16), segundo o Planalto. Um edital deve ser publicado para a Presidência garantir assinaturas digitais no próximo ano. Segundo o Planalto, a ideia é assinar os mesmos canais que já são hoje acessados.
Polêmica
Em novembro, a Presidência publicou edital para compra de periódicos impressos, mas excluiu a Folha de S. Paulo. Após polêmica e questionamento no Tribunal de Contas da União (TCU), a Presidência cancelou o edital. Agora, decidiu não comprar mais jornais impressos.
Oficialmente, o Palácio do Planalto vinculou a interrupção na compra de jornais e revistas impressos a medidas de racionalização dos gastos públicos. "Tendo em vista o fornecimento ser discricionário, não havendo interesse por parte da Administração, a ação foi executada", afirma o Planalto.