RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Após morte de líder do Irã e promessa de vingança contra os EUA, internet pede que Bolsonaro não se pronuncie

Assuntos #BolsonaroFicaCalado e #BolsonaroFicaQuieto são tendências nacionais no Twitter

JC Online com agências
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Publicado em 03/01/2020 às 7:19
Foto: TAUSEEF MUSTAFA / AFP
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Através do Twitter, internautas pedem, nesta sexta-feira, 3, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não se pronuncie acerca do bombardeio dos Estados Unidos contra o Irã, que matou o poderoso general Qasem Soleimani e um comandante pró-Irã nessa quinta-feira, 2.

As hashds_matia_palvr #BolsonaroFicaCalado e #BolsonaroFicaQuieto estão em segundo e em quinto lugar nos assuntos mais comentados pelos brasileiros no microblog, até a publicação dessa reportagem. Em primeiro lugar, está 'Trump', o presidente dos Estados Unidos.

Foto: ATTA KENARE / AFP
Iranianos choram durante protesto contra a morte de Qasem Soleimani - Foto: ATTA KENARE / AFP
Foto: Aamir QURESHI / AFP
No Paquistão, protestantes queimam a bandeira dos Estados Unidos - Foto: Aamir QURESHI / AFP
Foto: TAUSEEF MUSTAFA / AFP
Na Índia, protestante segura imagem do presidente iraniano Hassan Rouhani em ato contra os EUA - Foto: TAUSEEF MUSTAFA / AFP
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Mulheres iranianas participam de protesto contra 'crimes americanos' no Teerã - Foto: ATTA KENARE / AFP
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Foto: AHMAD AL-RUBAYE / AFP
Bandeira dos Estados Unidos posta no chão para os carros passarem em Bagdá, capital do Iraque - Foto: AHMAD AL-RUBAYE / AFP
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No cartaz, o poderoso general Qasem Soleimani, morto em bombardeio dos Estados Unidos nessa quinta - Foto: TAUSEEF MUSTAFA / AFP
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Protesto na Índia, Ásia - Foto: TAUSEEF MUSTAFA / AFP
Foto: TAUSEEF MUSTAFA / AFP
Protestantes seguram cartazes contra EUA e Israel após ataque que provocou morte do general iraniano - Foto: TAUSEEF MUSTAFA / AFP

Entenda

O enviado do Irã para assuntos iraquianos, o poderoso general Qasem Soleimani, e um comandante pró-Irã morreram nessa quinta-feira, 3, em um bombardeio americano em Bagdá, o que provocou pedidos de vingança da República Islâmica e aumentou os temores de um conflito aberto entre Washington e Teerã.

O general Soleimani era responsável pelas questões iraquianas no exército ideológico do Irã, enquanto Abu Mehdi al Muhandis, que tinha dupla cidadania iraquiana e iraniana, era o número dois das Forças de Mobilização Popular, ou Hashd al Shaabi, uma coalizão de paramilitares majoritariamente pró-Teerã integrados ao Estado iraquiano.

Pouco depois de suas mortes, o Pentágono anunciou que o presidente americano, Donald Trump, deu a ordem para "matar" Soleimani. Logo após, Trump publicou uma ilustração com a bandeira dos Estados Unidos em suas redes sociais.

"Esta é a maior operação de decapitação já realizada pelos Estados Unidos, maior que as que mataram Abu Bakr al Bagdadi ou Osama bin Laden", líderes do Estado Islâmico (EI) e da Al-Qaeda respectivamente, afirmou Phillip Smyth, analista americano especializado em grupos armados xiitas.

"Não há nenhuma dúvida de que a grande nação do Irã e outras nações livres da região se vingarão por este crime horrível dos criminosos Estados Unidos", afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani.

Para o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamad Javad Zarif, esta é uma "escalada extremamente perigosa e imprudente". A diplomacia iraniana convocou o embaixador da Suíça, que representa os interesses dos Estados Unidos em Teerã.

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