O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou, nesta quinta-feira (16), que identificou a presença das substâncias contaminantes monoetilenoglicol e dietilenoglicol em mais seis produtos da Cervejaria Backer. Além das marcas Capixaba e Belorizontina, divulgadas anteriormente, foram encontradas as substâncias tóxicas nos rótulos Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2. Até o momento, as análises realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária constataram 21 lotes contaminados. A polícia confirmou, nesta quinta-feira (16), a terceira morte por suspeita de intoxicação após consumo de cerveja.
Em nota, Mapa informou que "segue atuando nas apurações administrativas para identificar as circunstâncias em que os fatos ocorreram e tomando as medidas necessárias para mitigar o risco apresentado pelas cervejas contaminadas". A Backer permanecerá fechada até que se tenha condições seguras de operação e os produtos somente serão liberados para comercialização mediante análise e aprovação do ministério.
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Todos os produtos fabricados pela Cervejaria Backer já estavam e continuam sendo retirados do mercado, por recolhimento feito pela própria empresa e por ações de fiscalização e apreensão dos serviços de fiscalização.
Mortes por suspeita de intoxicação após consumo de cerveja
Morreu na madrugada desta quinta-feira (16) em Belo Horizonte, a terceira pessoa suspeita de ter sido contaminada com a substância dietilenoglicol depois de ter consumido a cerveja Belorizontina. O corpo foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) da capital para necropsia A vítima, moradora da cidade, é um idoso de 89 anos, conforme a Polícia Civil.
As duas primeiras mortes foram de um morador de Belo Horizonte, nesta quarta-feira, 15; e, no dia 7 de janeiro, de uma vítima residente em Ubá, na Zona da Mata. Todos deram entrada na rede de saúde com quadro de insuficiência renal e problemas de ordem neurológica.
A morte de uma mulher em Pompéu, na região central de Minas Gerais, também foi anunciada como suspeita pela Polícia Civil, mas ainda não foi confirmada e somada às outras três.
A polícia explicou que "trata todos os casos como suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol até que o laudo fique concluído" "O prazo regular para finalização do laudo é 30 dias", informou, em nota.
Os investigadores trabalham com 18 notificações de pacientes com quadro típico de contaminação pela substância. Já a Secretaria de Estado de Saúde considera 17 notificações: 12 em Belo Horizonte e as outras cinco em Ubá, Viçosa, São Lourenço, Nova Lima e São João Del Rei.
Água contaminada na produção de cervejas
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou nesta quarta-feira que a fábrica mineira Backer usou água contaminada na produção de suas cervejas. A análise do ministério detectou que a contaminação ocorreu dentro da cervejaria, mas ainda não há conclusão sobre de que forma. A pasta considera como hipóteses, por exemplo, o uso indevido ou vazamento de substâncias que refrigeram a produção, além da sabotagem.