Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Petro Poroshenko, discutiram medidas que levariam a um cessar-fogo duradouro no leste ucraniano, mas Putin não poderia ter fechado um acordo do gênero porque Moscou não faz parte do conflito, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, segundo a agência de notícia oficial RIA-Novosti.
"Putin e Poroshenko discutiram passos que facilitariam um cessar-fogo entre os rebeldes e as forças ucranianas", disse Peskov na Mongólia, onde se encontra em visita oficial com Putin de acordo com a RIA-Novosti. "Mas a Rússia não pode fisicamente negociar um cessar-fogo porque não é parte nesse conflito."
Há tempos, a Rússia alega que não está diretamente envolvida no conflito, que envolve separatistas pró-Moscou e forças do governo ucraniano, mas Kiev e países ocidentais dizem o que Kremlin forneceu soldados e armas aos rebeldes nas últimas semanas.
Mais cedo, a presidência da Ucrânia divulgou comunicado informando que Putin concordou em fechar um cessar-fogo permanente na região de Donbas, onde os confrontos tiveram início cinco meses atrás. Segundo o comunicado, as duas partes também concordaram "com passos que levariam ao estabelecimento da paz".
Não está claro se o comentário de Peskov contradiz o comunicado de Kiev ou se tratou-se apenas de um gesto diplomático com o objetivo de preservar a posição pública da Rússia de que está diretamente envolvida no conflito.
Líderes separatistas disseram que estão dispostos a depor armas se as forças de Kiev também o fizerem.