O Brasil se ofereceu para participar do pool formado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para acelerar as pesquisas de medicamentos para tratamento do ebola. Na reunião realizada nesta quinta-feira (4) em Genebra, oito remédios e duas vacinas foram indicados como prioritários. "Já nos colocamos à disposição", afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.
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A participação brasileira no esforço para encontrar mecanismos eficazes de tratamento da doença, no entanto, somente ocorrerá mediante a definição de uma contrapartida por parte dos laboratórios que desenvolvem as drogas.
"O Brasil defende uma política semelhante ao acordo que foi adotado na epidemia da influenza: compartilhamento do vírus e dos benefícios", lembrou. Na época fabricantes de vacinas se comprometiam a reembolsar parte dos custos da rede de vigilância que coletava amostras de vírus.
Barbosa sustenta que tal política deve ser adotada como padrão para grandes problemas de saúde pública. Ele avalia que o assunto deverá ser um dos temas da próxima reunião da Assembleia Mundial de Saúde. "Há um cardápio de compensações das empresas beneficiadas por estudos, pela rede de vigilância montada pelos governos: vai desde o compromisso de transferência de tecnologia fixação de preços mais baixos para países com determinadas características, repasse de parte de custos."
O secretário afirma que a ideia do Brasil é que o acordo da participação no pool já traria fixada uma forma de compensação, independentemente desse acordo da assembleia, mais genérico. De acordo com Barbosa, o Brasil pode atuar tanto em estudos laboratoriais quanto em pesquisas clínicas. Entre os centros com potencial para integrar a rede, afirmou, estão o Instituto Evandro Chagas, Biomanguinhos, Fiocruz, Butantã e Adolfo Lutz.