As novas sanções europeias contra Moscou, que visam a limitar o financiamento da economia russa, definidas no âmbito da crise na Ucrânia, entraram em vigor hoje (12). As sanções, publicadas nesta sexta-feira no jornal oficial da União Europeia (UE), têm como alvo empresas petrolíferas, de armamento e bancos russos e incluem mais 24 pessoas na lista de indivíduos proibidos de viajar no território europeu. O setor de gás ficou de fora da lista.
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A lista das sanções incluiu, pela primeira vez, o setor do petróleo, sobretudo o financiamento às empresas Rosneft, Transneft e Gazprom Neft. Mais três empresas russas do setor da defesa – United Aircraft Corporation, Oboronprom e Uralvagonzavod – também constam na listagem.
Também está restrito o acesso a financiamento nos mercados de capitais europeus dos principias bancos estatais russos e consórcios na área da defesa e energia controlados em mais de 50% pelo Estado.
Mais 24 dirigentes e oligarcas russos da Crimeia e separatistas da região de Donbass estão impedidos de entrar na UE e tiveram os bens, no bloco europeu, congelados.
A lista de pessoas alvo das sanções já tem 119 nomes, incluindo vários líderes separatistas, como Alexander Zakharchenko, o primeiro-ministro da autoproclamada República Popular de Donetsk, palco de conflitos armados.
As restrições agora aplicadas têm uma cláusula de revisão, vinculada ao sucesso do plano de paz acertado entre as partes em conflito, que será analisado detalhadamente pela UE até o final do mês.
A Rússia reagiu ao anúncio na quarta-feira (10) acusando a UE de minar o processo de resolução pacífica do conflito na Ucrânia. “Com essa decisão, a UE fez praticamente uma escolha contra o processo de resolução pacífica da crise ucraniana”, informou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, ao acrescentar que “todas as forças responsáveis na Europa” devem atuar com o objetivo de acalmar a situação na Ucrânia.