Os pilotos da Air France, em greve desde segunda-feira (15), rejeitaram nesta quinta-feira (18) uma nova proposta da direção da companhia aérea francesa e prosseguem com uma paralisação que mantém 60% dos aviões em terra.
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O sindicato majoritário entre os pilotos, o SNPL, classificou de insuficiente a nova proposta da direção de limitar as operações de sua filial de baixo custo Transavia, cuja expansão desencadeou a greve.
Na véspera, o governo francês fez um apelo aos pilotos para a suspensão da greve.
"Esta greve deve ser suspensa, os franceses não entendem", disse o primeiro-ministro Manuel Valls, pouco depois do ministro da Economia, Emmanuel Macron, ter solicitado à direção da Air France que faça algumas concessões.
A greve, que começou na segunda-feira, tem grande adesão dos pilotos.
Os três sindicatos que convocaram a paralisação afirmam que 75% dos pilotos estão em greve, enquanto a direção calcula que os grevistas representam 60%.
A greve deve prosseguir até 22 de setembro.
Os sindicatos de pilotos temem que os projetos de desenvolvimento da filial 'low cost' da Air France, Transavia, tanto na França quanto no exterior, possam afetar os empregos da companhia matriz.
A greve, se durar até 22 de setembro, será a mais longa dos pilotos da Air France desde 1998. A direção estima que custará entre 10 e 15 milhões de euros por dia.