Várias explosões deixaram dois mortos e muitos feridos na região muçulmana chinesa de Xinjiang, cenário de tensões étnicas, anunciou o portal governamental Tianshan.
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As explosões aconteceram em três locais, incluindo um bairro comercial no distrito de Luntai, zona sul de Xinjiang, segundo o portal.
As autoridades não divulgaram a causa das explosões, mas nos últimos meses vários atentados abalaram Xinjiang, que registra um foco de rebelião islamita e separatista que Pequim tenta reprimir.
Uma parte da população da região no extremo oeste do país, em particular os uigures que formam a maior etnia da área, se radicalizou nos últimos anos e rejeita a tutela chinesa.
Muitos uigures afirmam que estão "colonizados" pelos novos moradores da região, da etnia majoritária na China, os han.
Estratégica e rica em recursos naturais, Xinjiang se beneficiou dos investimentos do governo central, mas os uigures afirmam que estão excluídos do crescimento e que as autoridades impõem restrições a sua religião e cultura.
As autoridades chamam a violência de "terrorismo" ou "separatismo".
Nas últimas semanas, as autoridades centrais iniciaram uma campanha de repressão, com mais de 20 execuções anunciadas oficialmente, centenas de detenções, condenações em massa após julgamentos sumários e exibições públicas de "terroristas".
Analistas afirmam que esta política ameaça agravar as tensões.
