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Oposição venezuelana pede à Unasul que retome diálogo com o governo

Pedido foi feito em carta dirigida ao novo secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper

Do JC Online
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Publicado em 24/09/2014 às 7:44
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Pedido foi feito em carta dirigida ao novo secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper - FOTO: Foto: Reprodução/Internet
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A oposição venezuelana pediu nesta quarta-feira (24) à União de Nações Sul-Americanas (Unasul) que retome os esforços para reativar o diálogo entre o governo e a coligação opositora Mesa de Unidade Democrática.

O pedido foi feito em carta dirigida ao novo secretário-geral da Unasul, Ernesto Samper, entregue na Embaixada da Colômbia em Caracas por Roberto Enríquez, presidente do Partido Social Cristão.

"Não queremos mais sofrimento para o nosso povo e estamos convencidos de que o diálogo é o caminho para a paz e a prosperidade. Solicitamos formalmente que processe esse pedido, cuja cópia estamos enviando à OEA [Organização dos Estados Americanos] e à ONU [Organização das Nações Unidas]", diz o documento.

Segundo Enríquez, a oposição não quer repetir "o mesmo modelo de diálogo falido e hipócrita que a Venezuela viu" em abril último e a Unasul deve atuar porque o país "caminha para uma catástrofe social" na sequência de problemas como "a escassez (de bens) e inflação.

Ele lembrou que, no último sábado (20), o governo venezuelano concedeu, por questões de saúde, o "benefício" de prisão domiciliar ao ex-comissário e antigo secretário de Segurança Cidadã de Caracas, Iván Simonovis, condenado a 30 anos de prisão por envolvimento no golpe de Estado de abril de 2002.

Para a oposição, a medida foi interpretada como um "sinal" para dialogar, apesar de defender a “necessidade de uma lei de anistia para os companheiros de luta que continuam presos".

Em 10 de abril, o governo e a oposição decidiram iniciar um processo de diálogo, tendo como "mediadores" o Vaticano, o Brasil, o Equador e a Colômbia, os três últimos em nome da Unasul.

Em 13 de maio, a oposição suspendeu a participação nas "mesas de trabalho" em protesto pela "repressão brutal" das forças de segurança contra as manifestações pacíficas da oposição e por considerar que o diálogo não estava dando resultado.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, atribuiu a suspensão a "grandes pressões", destacando com positivos o “simples diálogo e o debate".

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