As autoridades israelenses acabam de autorizar a construção de 2.610 casas no bairro judeu de Givat Hamatos, em Jerusalém Oriental ocupada e anexada, indicou uma organização anticolonização nesta quarta-feira (1º).
O plano de construção destas 2.610 casas recebeu a aprovação na semana passada com a publicação legal do projeto na imprensa, informou a organização Paz agora em um comunicado. A publicação legal precede a abertura do concurso público para a construção.
O município israelense de Jerusalém havia aprovado este projeto em dezembro de 2012, mas ele estava suspenso desde então.
A Paz Agora denunciou que este projeto significa "um passo para trás em direção à destruição de qualquer possibilidade de solução mediante dois Estados", um israelense e outro palestino.
O ministro da Habitação israelense, Uri Ariel, afirmou à rádio militar que o momento escolhido era fortuito.
"Esta publicação não está relacionada à atualidade, mas se inscreve no processo normal das autorizações necessárias antes de qualquer projeto de construção em Jerusalém", disse o ministro, membro do Casa Judaica, um partido nacionalista religioso.
O prosseguimento da colonização (a construção de casas civis nos territórios ocupados ou anexados por Israel desde 1967) é considerado um dos pontos de bloqueio para a resolução do conflito israelense-palestino.
No total, 200.000 israelenses vivem ao lado de 306.000 palestinos em Jerusalém Oriental, segundo a prefeitura da cidade.