Hong Kong

Chefe do Executivo de Hong Kong critica estratégia dos manifestantes

Há mais de duas semanas os manifestantes, liderados por movimentos estudantis, ocupam algumas áreas de Hong Kong

Da AFP
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Publicado em 12/10/2014 às 9:48
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Há mais de duas semanas os manifestantes, liderados por movimentos estudantis, ocupam algumas áreas de Hong Kong - FOTO: Foto: AFP
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Os manifestantes pró-democracia de Hong Kong não tem praticamente nenhuma possibilidade de que Pequim aceite instaurar um sufrágio universal sem limites, afirmou neste domingo na televisão do chefe do Executivo local, Leung Chun-ying.

Há mais de duas semanas os manifestantes, liderados por movimentos estudantis, ocupam algumas áreas de Hong Kong para exigir candidaturas livres ao posto de chefe de Governo da ex-colônia britânica nas eleições de 2017.

Pequim deseja manter o controle das candidaturas, como decidiu em agosto o comitê permanente do Parlamento chinês. Leung afirmou em uma entrevista ao canal TVB que os manifestantes "perderam o controle" do movimento.

"Se a condição para obter o sufrágio universal em 2017 é pisar na lei fundamental (a Constituição) e na decisão do comitê permanente da Assembleia Nacional Popular, então todos sabemos que não têm praticamente nenhuma possibilidade de conseguir", disse.

O governo de Hong Kong cancelou na quinta-feira um encontro com os estudantes, depois que os manifestantes ameaçaram intensificar a ocupação de muitas áreas importantes da cidade caso as autoridades não fizessem concessões.

Os líderes estudantis exigiram o retorno das autoridades à mesa de negociações, mas o diálogo está travado. Na sexta-feira, os manifestantes voltaram a ocupar alguns bairros, mas em menor número. Leung Chun-ying também fez uma ameaça velada de intervenção policial para retirar os manifestantes das ruas.

"Preferiríamos não desalojar os locais (ocupados), mas se um dia tiver que acontecer, penso que a polícia utilizará seu julgamento profissional e seu treinamento para recorrer à força de maneira mínima", disse.

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