A Coreia do Norte divulgou nesta quarta-feira (15) uma proposta de resolução a ser entregue à Organização das Nações Unidas (ONU) elogiando o seu próprio histórico de direitos humanos, em um raro esforço para combater a crescente condenação da comunidade internacional à forma como ele trata o seu povo.
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Em uma reunião fechada, dezenas de diplomatas ficaram em silêncio após a Coreia do Norte distribuiu cópias do documento, dizendo que não tem "nada a esconder" e convidando a perguntas e comentários.
Em uma carta a diplomatas na semana passada, a Coreia do Norte disse que a resolução a ser entregue na Assembleia Geral da ONU iria mencionar os sistemas médicos e de ensino gratuitos do país e as "recentes medidas positivas" para melhorar as relações com a Coreia do Sul.
A China, principal aliada de Pyongyang, disse que se opõe fortemente a resoluções que interferem nos assuntos internos de um país e que prejudicam a confiança mútua. A União Europeia e o Japão se uniram em uma resolução separada, que critica severamente o histórico de direitos humanos da Coreia do Norte.
A abordagem incomum acontece após um relatório de uma comissão de inquérito da ONU criticar duramente o regime recluso empobrecido. O documento acusou a Coreia do Norte de criar campos de prisioneiros políticos com até 120 mil pessoas e patrocinar o sequestro de sul-coreanos, japoneses e outros.
A União Europeia e o Japão estão incentivando o Conselho de Segurança da ONU a seguir as recomendações desse relatório e levar a situação da Coreia do Norte para o Corte Penal Internacional. Fonte: Associated Press.