O governo de Hong Kong manifestou nesta terça-feira (21) disposição em prosseguir as conversações com dirigentes do protesto pró-democracia. A manifestação ocorreu depois das primeiras negociações formais com líderes estudantis. “O diálogo será certamente o primeiro de diversas rodadas de conversações”, sugeriu, em conferência de imprensa, Carrie Lam, vice-chefe da Região Especial Administrativa chinesa, após reunião de duas horas com líderes dos estudantes.
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Lam, que definiu o diálogo como “construtivo”, disse, no entanto, que a firme posição do governo é seguir a China, que pensa selecionar candidatos à liderança do executivo local por meio de um comité pró-Pequim. “Se os estudantes não aceitarem, receio que vamos continuar a manter perspectivas diferentes”, ressaltou.
O governo de Hong Kong e representantes do Movimento Pró-Democracia iniciaram hoje à tarde um diálogo difícil, após mais de três semanas de manifestações que têm tumultuado o funcionamento da megalópole chinesa. O encontro, transmitido ao vivo pelas televisões locais, ocorreu em uma pequena sala da Faculdade de Medicina, na presença de cinco delegados estudantis e cinco representantes do executivo, incluindo Carrie Lam.
Na origem dos protestos em Hong Kong está a decisão de Pequim em conceder à população da antiga colônia britânica a possibilidade de, em 2017, eleger diretamente seu líder de governo. O processo estará limitado à escolha prévia dos candidatos por um comitê eleitoral controlado por Pequim. Os manifestantes não aceitam a posição política de Pequim e querem escolher livremente o novo líder, sem entraves nem indicações prévias dos candidatos.
