Oriente Médio

Israel aprova lei contra a libertação prematura de presos palestinos

País libertou 78 presos palestinos durante as negociações de paz promovidas pelos Estados Unidos entre julho de 2013 e abril deste ano

Da AFP
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Publicado em 04/11/2014 às 10:50
Foto: KENZO TRIBOUILLARD / AFP
País libertou 78 presos palestinos durante as negociações de paz promovidas pelos Estados Unidos entre julho de 2013 e abril deste ano - FOTO: Foto: KENZO TRIBOUILLARD / AFP
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O Parlamento israelense aprovou uma lei que pode bloquear em futuras negociações a libertação de presos palestinos condenados por assassinato.

A Knesset, de 120 membros, aprovou na segunda-feira à noite, por 35 votos a favor e 15 contrários, um projeto de lei, promovido por uma deputada de extrema-direita e aprovado pelo governo em junho, informou à AFP um porta-voz da Câmara.

A lei permite aos juízes condenar os acusados de assassinato com uma nova figura da lei, "circunstâncias extraordinariamente graves", o que impediria o governo de libertar os sentenciados dentro de um acordo com os palestinos.

Israel libertou 78 presos palestinos durante as negociações de paz promovidas pelos Estados Unidos entre julho de 2013 e abril deste ano. Entre eles estavam alguns condenados pelo assassinato de civis israelenses.

O Estado judeu também soltou 1.027 presos palestinos em 2011, em troca da libertação do soldado Gilad Shalit, que passou mais de cinco anos sequestrado pelo movimento radical Hamas na Faixa de Gaza.

As libertações irritaram políticos como Ayelet Shaked, uma deputada do partido de ultradireita Lar Judeu, que apresentou o projeto de lei.

"A libertação em massa de terroristas como parte de acordos diplomáticos é uma zombaria para os israelenses, assim como a redução de penas de prisão para assassinos", disse Shaked em junho.

Políticos de esquerda destacaram que a lei poderia bloquear Israel em futuras negociações com os palestinos. Zehava Gal-On, líder do partido Meretz, acusou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de "capitular ante a extrema-direita e apoiar uma lei demagógica".

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