A Anistia Internacional acusou Israel nesta quarta-feira de cometer crimes de guerra durante o confronto na faixa de Gaza neste ano, afirmando que houve uma "indiferença insensível" nos ataques aos lares de famílias na área costal densamente povoada.
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Em relatório divulgado nesta quarta-feira, a entidade afirma que "as forças de Israel mataram dezenas de civis palestinos em ataques que tinham por alvo casas de famílias, que em alguns casos equivalem a crimes de guerra".
Em resposta, o ministério de Relações Exteriores de Israel rejeitou as conclusões do estudo e afirma que o grupo de Direitos Humanos tem "ignorado crimes de guerra perpetrados pelo Hamas".
"O relatório não menciona a palavra terror em relação ao Hamas ou outros grupos armados palestinos, nem menciona os túneis construídos pelo Hamas para se infiltrar em Israel e perpetrar ataques terroristas", afirmou o ministério em nota.
O diretor da Anistia Internacional para Oriente Médio e norte da África, Philip Luther, afirma que o documento "expõe um padrão de ataques a residências civis por forças de Israel, que demonstraram uma negligência chocante pela vida dos civis palestinos, que não recebiam avisos e não tinham chances de fugir".
A guerra na faixa de Gaza deixou mais de 2,1 mil palestinos mortos, incluindo diversos civis, segundo o governo e autoridades da Organização das Nações Unidas (ONU). Israel, por sua vez, afirma que o número de militantes foi muito maior que o de civis e acusa o grupo Hamas de utilizar cidadãos como escudos humanos. Do lado israelense, 66 soldados e seis civis morreram no confronto.