Ao lado de milhões de súditos, a rainha Elizabeth II homenageou neste domingo (9) os soldados britânicos e da Commonwealth mortos em guerra, um século após o início da Primeira Guerra Mundial.
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A rainha, acompanhada por várias figuras da família real e do primeiro-ministro britânico David Cameron, colocou um buquê de papoulas ao pé do Cenotáfio, memorial no centro de Londres que homenageia os mortos.
A flor, que crescia nos campos devastados pela guerra, tornou-se símbolo dos soldados mortos em combate.
O dia de homenagens, o "Remembrance Sunday" ("Domingo da lembrança"), é organizado todos os anos no domingo mais próximo do 11 de novembro, quando se celebra o armistício assinado em 1918, em Rethondes, entre a Alemanha e os Aliados.
Quase um milhão de pessoas de diferentes países da Commonwealth morreram durante a Primeira Guerra Mundial, e quase 500.000 durante a Segunda.
Cameron estimou que as cerimônias organizadas foram "particularmente importantes", já que 2014 marca o centenário do início da guerra de 14-18, o 70º aniversário do Desembarque, mas também o final da missão de combate das tropas britânicas no Afeganistão.
"Hoje, nós estamos reunidos para nos lembrarmos dos homens e mulheres corajosos que serviram nosso país, defenderam nossa liberdade e nos protegeram", declarou.
Por causa das ameaças de atentado ligadas especialmente à situação no Iraque e na Síria, o dispositivo de segurança das comemorações foi "reforçado", indicou o general Nicholas Houghton, chefe do Estado-maior das forças britânicas.
Na madrugada de quinta para sexta, quatro homens suspeitos de ligação com a preparação de "atos terroristas" foram interpelados em Londres e nos arredores da cidade.
As autoridades não deram nenhuma informação sobre possíveis ligações entre as prisões e um eventual ataque contra o "Remembrance Sunday".
Este dia de comemorações foi marcado pela participação do embaixador da Irlanda em Londres, que colocou pela primeira vez um ramalhete em homenagem aos soldados irlandeses mortos sob uniforme britânico, sinal da reaproximação entre Londres e Dublin.
Durante toda a semana que antecedeu as comemorações, muitos britânicos usaram broches de papel no formato de papoulas.
A flor vermelha também é o tema de uma instalação nos vãos da Torre de Londres, onde 888.246 papoulas, uma para cada homem morto em combate durante a Primeira Guerra Mundial, foram plantadas.