Estados Unidos

Obama demonstra apoio à líder da oposição de Mianmar

Presidente expressou objeção à regra constitucional que impede a mulher, que há anos luta pela democracia no país, de candidatar-se às eleições presidenciais marcadas para o próximo ano

Danilo Galindo
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Danilo Galindo
Publicado em 14/11/2014 às 10:25
Foto: CHRISTOPHE ARCHAMBAULT / AFP
Presidente expressou objeção à regra constitucional que impede a mulher, que há anos luta pela democracia no país, de candidatar-se às eleições presidenciais marcadas para o próximo ano - FOTO: Foto: CHRISTOPHE ARCHAMBAULT / AFP
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O presidente Barack Obama demonstrou apoio nesta sexta-feira a Aung San Suu Kyi, líder opositora de Mianmar, ao expressar sua objeção à regra constitucional que impede a mulher, que há anos luta pela democracia no país, de candidatar-se às eleições presidenciais marcadas para o próximo ano. 

Embora tenha dado crédito aos progressos de Mianmar em sua transição para a democracia, ele fez uma contundente avaliação das deficiências do processo. 

Em aparição conjunta com Suu Kyi, na varanda dos fundos da casa da ativista, Obama não chegou a endossar explicitamente a campanha da líder opositora para a presidência do país, mas sua amizade e profunda admiração por ela ficaram claras. Obama elogiou os esforços de Suu Kyi para que o governo adote medidas liberalizantes e sussurrou em seu ouvido enquanto caminhavam de braços dados pela casa onde ela já ficou confinada como prisioneira política. 

Embora Obama tenha sido rápido em afirmar que não quer ditar como Mianmar deve escolher seu próximo presidente, ele afirmou que disse ao presidente Thein Sein, na noite anterior, que via pouco sentido na regra que impede Suu Kyi, de 69 anos, de concorrer à presidência no próximo ano porque seus filhos têm cidadania britânica. 

"Eu não entendo uma cláusula que impede alguém de concorrer à presidência por causa de quem seus filhos são", disse Obama. "Isso não faz muito sentido para mim."

Obama está bastante envolvido no progresso de Mianmar e fez uma viagem histórica ao país dois anos atrás, para sinalizar o forte compromisso dos Estados unidos coma a democratização do país e com a região onde ele está.

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