O grupo islamita dirigido por Yalaludin Haqqani, aliado dos talibãs, cometeu o atentado suicida que matou 57 pessoas no domingo em uma quadra de vôlei do Afeganistão, anunciou o serviço afegão de inteligência.
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"Temos provas que demonstram que a rede Haqqani está por trás do ataque em Paktika", leste do Afeganistão, afirmou à AFP Haseeb Sediqi, porta-voz da Direção Nacional de Segurança.
Pelo menos 57 pessoas morreram, segundo o balanço mais recente, e 60 ficaram feridas no atentado.
O ataque aconteceu em Paktika, uma província do sudeste do Afeganistão, próxima da fronteira com o Paquistão, principal reduto do grupo liderado por Yalaludin Haqqani, um chefe de guerra contrário às negociações com o governo central.
Um homem-bomba chegou de moto ao local em que era disputada uma partida de vôlei, assistida por centenas de pessoas, desceu do veículo e detonou os explosivos.
"A partida estava perto do fim quando ouvi uma enorme explosão", disse à AFP Salaam Khan, de 19 anos, que ficou ferido no ataque e está internado em Cabul.
Quatro policiais morreram no atentado, segundo o ministério do Interior.
O ataque de domingo aconteceu no momento em que as tropas de combate da Otan se preparam para abandonar o país, deixando a responsabilidade da segurança para as forças afegãs.
A partir de 2015, o país contará apenas com uma força estrangeira residual de 12.500 homens dedicada à assistência e ao treinamento.
No domingo, a Câmara dos Deputados do Afeganistão aprovou a presença deste contingente militar estrangeiro.
Na sexta-feira, o jornal New York Times informou que o presidente americano, Barack Obama, decidiu prolongar por um ano a missão de combate das tropas de seu país no Afeganistão.
Nesta segunda-feira, dois soldados da Otan morreram em um ataque no leste do Afeganistão.