A presidente argentina, Cristina Kirchner, defendeu nesta terça-feira o modelo de estatizações e incentivo à indústria promovido por seu governo, ao reaparecer em público em um ato patronal, após vários dias afastada por uma infecção intestinal.
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"Meu governo e o de Néstor Kirchner (marido e ex-presidente falecido) foram a etapa mais florescente do crescimento, e a fonte do financiamento foi o Estado com empresas recuperadas", disse a presidente durante a convenção anual da Câmara da Construção, em sua primeira aparição pública desde 30 de outubro.
Kirchner, 61 anos, permaneceu internada com um quadro de infecção intestinal por uma semana, e depois cumpriu um rigoroso programa de recuperação que a manteve em casa, onde despachou com os ministros.
Diante de centenas de empresários da indústria da construção, Kirchner destacou que "as obras de infraestrutura puderam ser realizadas com a poupança dos argentinos nos fundos de aposentadorias estatizados em 2009, o que reverteu sua privatização nos anos 90".
Kirchner destacou ainda "que recuperamos para os argentinos a companhia de petróleo YPF, com uma das maiores reservas mundiais de hidrocarbonetos não convencionais, e também a empresa de águas".
"Precisamos defender o que já obtivemos em matéria de poder aquisitivo dos salários".
A presidente sofreu vários problemas de saúde nos últimos anos, e inclusive foi submetida a uma cirurgia para retirar um tumor que se revelou benigno, em 2012.