Ferguson

Missouri triplica presença da Força Nacional

Pela manhã, mais de 20 lojas foram queimadas e mais de 60 pessoas foram presas

Danilo Galindo
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Danilo Galindo
Publicado em 25/11/2014 às 21:41
Foto: JEWEL SAMAD / AFP
Pela manhã, mais de 20 lojas foram queimadas e mais de 60 pessoas foram presas - FOTO: Foto: JEWEL SAMAD / AFP
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O governador do estado americano de Missouri, Jay Nixon, afirmou que vai triplicar a presença da Força Nacional em St. Louis, na cidade americana de Ferguson, devido às violentas manifestações que seguiram a decisão do grand jury de não indiciar o policial branco Darren Wilson pela morte do jovem negro Michael Brown. Cerca de 2.200 soldados vão ser enviados para a região, de 700 na últimas noite.

"Estou profundamente triste pelas pessoas de Ferguson que acordaram e viram parte da comunidade em ruínas", afirmou Nixon. "Ninguém deveria viver dessa forma. Ninguém merece isso. Nos devemos fazer melhor do que isso e nós faremos", acrescentou.

Manifestantes na noite de ontem incendiaram carros policiais, quebraram janelas e saquearam lojas. A polícia disparou munições não letais e gás lacrimogêneo contra as multidões. Pela manhã, mais de 20 lojas foram queimadas e mais de 60 pessoas foram presas. O prefeito de Ferguson, James Knowles, afirmou que Wilson permanece sob custódia. 

A Casa Branca condenou a violência que seguiu a decisão judicial em Ferguson. "Estamos todos profundamente preocupados e desapontados sobre a violência", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Eric Schultz. "Gostaria de lembrar que a grande maioria dos protestos no Missouri e em outros locais do país foram pacíficos", acrescentou.

De acordo com Schultz, o presidente Barack Obama se reuniu com o procurador geral Eric Holder nesta terça-feira e oficias da Casa Branca estiveram em contato com o governado de Missouri, membros do Congresso, líderes de direitos humanos e prefeitos pelo país. "Estamos trabalhando de perto com eles nos últimos meses para garantir que as respostas a este momento serão apropriadas e construtivas", disse Schultz.

A família de Brown afirmou que estava profundamente desapontada com a decisão do grand jury e chamou Wilson de "assassino da nossa criança". Eles pediram a intervenção das pessoas frustradas pela decisão para ajudar a corrigir o sistema legal, incluindo a exigência de oficiais de usar câmeras de corpo. "Responder a violência com a violência não é a reação apropriada", afirmou a família, em um comunicado.

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