Os pais de Michael Brown, o adolescente morto em agosto por um policial branco de Ferguson, afirmaram nesta quarta-feira (26) que não acreditam numa palavra sequer relatada pelo agente.
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Na primeira entrevista que deu desde o episódio, o policial Darren Wilson assegurou que Michael Brown o agrediu e tentou tirar sua arma. "Ele veio até mim, achei que ia me matar", declarou à rede ABC.
Mas nesta quarta-feira a mãe de Michael Brown ficou revoltada com esta versão dos fatos, e denunciou a "total falta de respeito por seu filho". "Não acredito numa palavra sequer. Conheço muito bem meu filho. Jamais teria feito isso. Jamais provocou ninguém", explicou Lesley McSpadden ao programa "This morning" da ('Esta mañana') de la cadena CBS.
Segundo o pai da vítima, Michael Brown Sr., o relato do policial é simplesmente uma loucura. "Em primeiro lugar, meu filho respeitava as forças de ordem. E, depois, que pessoa em sã consciência se atreveria a atacar um agente da polícia que tem uma arma na mão?", questionou na NBC.
A cidade de Ferguson, Missouri, viveu a segunda noite de distúrbios após a decisão da justiça de não julgar o policial branco que matou um jovem negro, ao mesmo tempo que protestos de indignação tomaram os Estados Unidos com denúncias de discriminação racial.
Quarenta e quatro pessoas foram detidas na madrugada desta quarta-feira, anunciou Jon Belmar, chefe de polícia do condado de Saint Louis, ao qual pertence Ferguson.