SÃO PAULO, SP - O Tribunal Penal do Cairo retirou neste sábado (29) a acusação contra o ex-presidente Hosni Mubarak, 86, por cumplicidade na morte de centenas de manifestantes durante a revolta de 2011.
A Corte também absolveu Mubarak de várias acusações de corrupção, incluindo a de participação em uma operação de venda de gás natural a Israel com valor abaixo do preço de mercado.
A sentença deveria ter sido dada em 26 de setembro, mas foi adiada pelo juiz Mahmoud al Rachid, que justificou só ter conseguido revisar somente 60% da documentação do caso, de 160 mil páginas.
O novo julgamento de Mubarak começou em 13 de abril de 2013, depois de sua condenação a prisão perpétua ter sido anulada pela corte suprema, que decidiu por um novo julgamento.
Somente em 13 de agosto deste ano Mubarak falou ao juiz, quando defendeu o legado de seus três décadas de mandato e alegou inocência.
Aos 86 anos, o ex-presidente foi transferido da prisão de Torá para o hospital militar de Maadi, no Cairo, por causa de seu precário estado de saúde.
Ele já havia sido condenado, em maio, a três anos de prisão por apropriação indevida de recursos públicos, em um caso relacionado ao orçamento dos palácios presidenciais e no qual seus filhos Alaa e Gamal receberam penas de quatro anos pelas mesmas acusações.