O papa Francisco qualificou nesta terça-feira (2) como crime contra a humanidade todas as formas de escravidão moderna, na cerimônia de assinatura de um acordo com líderes de várias religiões para erradicar essa prática até 2020.
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“Declaramos, em cada um dos nossos credos, que a escravidão moderna em todas as suas formas – prostituição, trabalho forçado, mutilação, venda de órgãos ou trabalho infantil – é um crime de lesa humanidade”, afirmou o papa.
O papa ressaltou que “cada ser humano é uma pessoa livre” e “todas as pessoas são iguais e têm de lhes ser reconhecidas a mesma dignidade e a mesma liberdade”.
Qualificando a assinatura do acordo de “iniciativa histórica”, Francisco comemorou o esforço conjunto de todas as religiões “para erradicar o terrível flagelo da escravidão moderna em todas as suas formas” que “acorrenta dezenas de milhares de pessoas à humilhação e à desumanização” e apelou a todos os governos e empresas que se juntem a esse esforço.
Participaram da cerimônia representantes de várias religiões, entre os quais o hindu Mata Amritanandamayi, os rabinos Abraham Skorka (argentino) e norte-americano David Rosen (norte-americano), o ortodoxo francês Emmanuel, o aiatolá iraquiano Mohammad Taqi Al Modarresi e o arcebispo britânico Justin Welby.