Vaticano

Papa pede que mundo lute contra a escravidão

A luta contra todas as formas de exploração, tráfico, escravidão, prostituição de mulheres e crianças, é uma prioridade do pontificado de Francisco

Danilo Galindo
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Publicado em 10/12/2014 às 11:59
Foto: VINCENZO PINTO / AFP
A luta contra todas as formas de exploração, tráfico, escravidão, prostituição de mulheres e crianças, é uma prioridade do pontificado de Francisco - FOTO: Foto: VINCENZO PINTO / AFP
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O Papa Francisco pediu aos consumidores, empresas e Estados para desmascarar as muitas práticas e leis que permitem a escravidão moderna proliferar em sua mensagem para a Paz publicada nesta quarta-feira e que será lançada no dia 1º de janeiro.

Tornada pública pelo Vaticano, este longa mensagem, que carrega a marca pessoal do Papa e que será transmitida em todo o mundo, é intitulada "Não mais escravos, mas irmãos."

A luta contra todas as formas de exploração, tráfico, escravidão, prostituição de mulheres e crianças, é uma prioridade do pontificado de Francisco.

De acordo com o "Global Slavery Index 2014", 36 milhões de homens, mulheres e crianças, são afetados em todo o mundo, especialmente pelo trabalho forçado e a exploração sexual.

Os consumidores ocidentais são convidados à "responsabilidade social", a optar por não "comprar produtos que podem, com toda a probabilidade, terem sido fabricados pela exploração de outras pessoas" e "envolver-se em parcerias" contra estas práticas.

Fazendo referência aos campos de detenção no país de chegada de refugiados, Francisco lamenta o destino dos imigrantes que, "ao chegarem ao seu destino depois de viajar em condições adversas, muitas vezes são detidos em condições desumanas."

Papa também denuncia o "trabalho escravo" nos países de acolhimento, onde "as circunstâncias sociais, políticas e econômicas levam alguns a viver na clandestinidade."

Outros, "para se manter dentro da lei, concordam em viver e trabalhar em condições desumanas, especialmente quando as leis nacionais criam ou permitem a dependência estrutural de trabalhadores migrantes em relação ao empregador", acrescentou ele.

As empresas, por sua vez, "têm o dever de assegurar que as formas de escravidão ou o tráfico de pessoas não aconteça em sua cadeia de distribuição", diz o documento.

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