Ataques

As escolas: alvos frequentes do extremismo

Novo balanço indica 130 mortos em ataque a escola militar no Paquistão

Da AFP
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Publicado em 16/12/2014 às 12:33
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Novo balanço indica 130 mortos em ataque a escola militar no Paquistão - FOTO: Foto: AFP
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Alvos de grupos radicais, de atiradores solitários com motivações políticas ou pessoais, diversas instituições de ensino sofreram ataques como o da escola de Peshawar onde mais de 130 pessoas, a maior parte alunos, foram mortas nesta terça-feira durante uma ação de militantes talibãs.

No PAQUISTÃO, onde o Movimento Talibã do Paquistão (TTP) ataca escolas com frequência, a luta da jovem Malala pela educação das meninas quase custou a sua vida. No dia 9 de outubro de 2012, os talibãs interceptaram seu ônibus escolar no Vale do Swat (noroeste) e a atacaram com um tiro na cabeça. Malala foi premiada com o prêmio Nobel da Paz de 2014 por seu compromisso com os direitos humanos.

Na RÚSSIA, de 1º a 3 de setembro de 2004, rebeldes chechenos armados invadiram uma escola em Beslan, na Ossétia do Norte, no dia da volta às aulas e sequestraram cerca de 1.200 pessoas. Após a ação das forças especiais, 331 pessoas morreram, incluindo 186 crianças, e cerca de 400 ficaram feridas. Trinta e um integrantes do grupo de terroristas morreram.

Na NIGÉRIA, os radicais islâmicos do Boko Haram, responsáveis por ações armadas e sequestros, reivindicaram a tomada de 276 estudantes de um colégio de Chibok (nordeste) como reféns no dia 14 de abril de 2014. Algumas conseguiram fugir, mas 219 ainda são consideradas desaparecidas.

Nas FILIPINAS, em 28 de janeiro de 1999, 500 alunos e 70 professores de uma escola perto de Cotabato (sul) foram feitos reféns por membros da Frente Moro Islâmica de Libertação (MILF). A maioria foi libertada algumas horas depois. Os outros 60, incluindo 40 crianças, foram levados como escudos humanos durante a fuga do grupo. Todos foram libertados na manhã do dia seguinte.

As instituições de ensino também sofrem ataques de atiradores solitários, que, com frequência, são os próprios estudantes.

Nos ESTADOS UNIDOS, onde tiroteios nas escolas são recorrentes, os mais mortais foram o ataque da Universidade de Virginia Tech, na Virgínia, em 16 de abril de 2007, que deixou 32 mortos; a tragédia de Newtown, onde 20 jovens alunos e seis adultos foram mortos em uma escola do ensino fundamental em 14 de dezembro de 2012 e a do instituto de ensino secundário de Columbine, em 20 de abril de 1999 (13 mortos).

Esse tipo de episódio dramático também já aconteceu em outros países, como na Alemanha, onde 16 pessoas foram mortas em 2002 em um colégio em Erfurt (leste) e em Dunblane, na Escócia, quando um homem matou 16 estudantes e uma professora em uma escola primária em março de 1996.

Já na NORUEGA, em 22 de julho de 2011, um ataque foi cometido pelo extremista de direita, Anders Behring Breivik. Essa ação, que deixou 77 mortos, não tinha como alvo específico uma instituição de ensino mas deixou um grande número de vítimas entre os adolescentes. Breivik abriu fogo contra um acampamento da Juventude Trabalhista na ilha de Utoeya depois de ter detonado uma bomba perto da sede do governo em Oslo. No dia 24 de agosto de 2012, ele foi condenado à pena máxima de 21 anos de prisão que pode ser estendida.

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