Três cristãos iranianos, condenados a seis anos de prisão em outubro por "ação contra a segurança nacional", foram inocentados em apelação e dois deles foram liberados, anunciou nesta terça-feira (16) uma associação de defesa das liberdades religiosas.
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Os pastores evangélicos Behnam Irani e Matthias Haghnejad assim como o auxiliar Silas Rabbani foram informados nesta terça de que as acusações contra eles haviam sido retiradas. Eles eram acusados de "ação contra a segurança nacional" e de "criação de uma rede com o objetivo de derrubar o regime", informou em um comunicado a ONG com sede no Reino Unido Christian Solidarity Worldwide.
Haghnejad e Rabbani foram liberados, mas Irani deve permanecer na prisão porque ainda deve cumprir uma outra pena de seis anos de prisão, de acordo com a CSW.
Os três religiosos foram presos em 2011 em Karaj, a oeste de Teerã, onde tinham criado igrejas clandestinas. Na época, eles também foram acusados de "apropriação de terras" e, para os dois pastores, de serem "inimigos de Deus", crime punido com a pena de morte, indicou a CSW.
A ONG comemorou a liberação dos três religiosos, mas lamentou que "apesar da promessa do presidente (iraniano Hassan) Rohani de reforçar os direitos das minorias religiosas, a repressão às minorias religiosas e étnicas continua".
A constituição iraniana reconhece os direitos de algumas minorias religiosas, incluindo os cristãos, mas a apostasia - quando um indivíduo rejeita sua religião original para se dedicar a outra - é punida com a pena capital em virtude da sharia em vigor no Irã.