Pelo menos 16 pessoas morreram nesta segunda-feira em confrontos entre as forças pró-governo e milícias islâmicas nas cidades de Benghazi e Derna, no leste da Líbia - disseram fontes médicas e de segurança.
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As forças leais ao general reformado Khalifa Haftar e a Abdallah al Theni, o primeiro-ministro reconhecido pela comunidade internacional, tentam retomar as cidades das mãos dos islamitas, incluindo Trípoli e Benghazi.
Um funcionário do Centro Médico de Benghazi disse que o estabelecimento "recebeu, nesta segunda, sete corpos e 35 feridos", após combates no bairro de Lithi, no centro da cidade.
Uma fonte do Hospital Al Jala relatou que este estabelecimento recebeu 24 feridos e quatro cadáveres, "vítimas dos confrontos em Lithi e no bairro de Sabri, no centro da cidade".
Segundo fontes médicas, esse número contabiliza apenas as vítimas das Forças Armadas e das tropas do general Haftar, já que as milícias islâmicas nunca comunicam suas baixas.
Os distúrbios começaram nesta segunda à tarde, no bastião das milícias em Lithi, de acordo com fontes dos serviços de segurança.
Em Derna, feudo histórico dos islâmicos radicais no leste da Líbia, cinco soldados morreram hoje, no ataque a um posto de controle das forças do governo, segundo o porta-voz do Estado-Maior líbio, Ahmed Al-Mesmari.
Segundo especialistas, essa cidade se transformou no bastião dos seguidores do Estado Islâmico (EI) na Líbia. Desde 2011, a localidade acolhe combatentes estrangeiros, que são treinados antes de serem enviados para o Iraque, ou para a Síria.
A Líbia vive mergulhada no caos desde a queda de Muammar Khadafi, em 2011, após oito meses de conflito.