Dez anos após o tsunami que devastou a costa do Oceano Índico, a pior catástrofe natural de que se tem memória na Ásia, os países da região estão mais bem preparados para enfrentar tragédias, avaliou nesta segunda-feira (22) a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
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Uma década depois, enquanto o mundo lembrava da terrível perda de vidas na região, a FAO analisou "as lições aprendidas" sobre danos agrícolas, à segurança alimentar e à nutrição, provocados por este tipo de evento natural e climático.
"O que nós e nossos países-membros aprendemos e o que temos realizado é impressionante, mas ainda há muito o que se pode e se deve fazer para prevenir e mitigar os desastres", afirmou Hiroyuki Konuma, diretor-geral adjunto da FAO e representante regional para a Ásia-Pacífico.
Segundo a FAO, entre 2001 e 2010, o custo dos desastres para a região Ásia-Pacífico teve, em média, US$ 34 bilhões ao ano.
Uma oficina sobre o tema estabeleceu que se deve dar prioridade ao esmiuçamento de dados sobre os setores e formas de vida afetados e "considerar outras ameaças, como a degradação dos ecossistemas marinhos e do meio ambiente".
O grupo de especialistas concluiu que "os efeitos do rápido crescimento demográfico e da urbanização, junto com uma base de recursos naturais erodida e as mudanças climáticas, fazem com que os efeitos provocados pelo clima tragam maior risco para a região".
Para a agência da ONU, cuja sede fica em Roma, "se requer transferir o conhecimento e a tecnologia sobre a redução do risco em nível local para dar poder às pessoas mais vulneráveis e em maior risco", admitiu a entidade.